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Pedido de casamento, quando quase dá tudo errado

Quando se fala em pedido de casamento, mulheres e homens se arrepiam. Mulheres, por ser algo muito desejado por elas. Já os homens, com um frio na barriga, com medo de dar algo errado. Pensando nisso, decidi dividir com vocês minha experiência nesse assunto. Fiz o pedido de casamento há pouco tempo para minha namorada, agora noiva, e contarei para vocês como foram todos os preparativos e o que deu certo e errado. E, é claro, o medo de não acontecer nada, porque quase deu tudo errado. Contudo, vamos começar pelo início.

Como nós dois gostamos de viajar e eu tenho um blog de viagem, nada melhor do que fazer o pedido em uma viagem. Até pensei em fazer em uma viagem internacional. Porém, seria muito mais complicado, porque viajamos de mochilão e não ficamos muito tempo em cada cidade. Por isso, preferi que acontecesse em uma viagem nacional e curtinha, em que seria mais fácil de planejar tudo.

Viajamos em um feriado prolongado para Dunas de Itaúnas, no Espírito Santo. Como estaríamos só nos dois, entrei em contato com a dona da pousada na qual me hospedaria para pedir ajuda. A Rúbia, da Pousada Arco-Íris, foi super solícita em me ajudar e disse que conseguiria uma pessoa para organizar.

Eu já havia pesquisado e decidido o que queria fazer: escrever com pétalas de rosas “casa comigo?” e colocar algumas velas em volta para enfeitar; tudo isso na praia. Algo parecido com a foto abaixo, porém na praia.

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Ideia de pedido de casamento encontrado na internet – Foto: Chobirdokan

Mas, aí veio a dúvida: aonde vou fazer isso? Já conhecia Itaúnas, porém já tinha muitos anos que havia me hospedado na cidade e não lembrava de quase nada. Pelo Google Maps, vi que apesar da vila de Itaúnas ser muito pequena, a praia não ficava assim tão próxima. Então, abandonei a ideia da vela e fiquei apenas com a das pétalas. Comprei duas mil pétalas de rosas no Mercado Livre e 100 coraçõezinhos estofados, tudo isso saiu por menos de R$100. Ainda iria levar meu violão para poder tocar na hora, mas como a previsão era de chuva para os dias da viagem, achei melhor não levar.

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Pétalas de rosa artificiais, como as que usei – Foto: ProFlowers (CC BY 2.0)

Chegamos em Itaúnas no sábado à tarde, almoçamos e fomos para a praia. Aí tive a primeira decepção, pois estava ventando muito forte. O vento era tanto que era preciso ficar de óculos escuro para a areia não cair no olho. Nesse momento, percebi que seria impossível fazer qualquer coisa na praia.

Conversando com a Vanilha, funcionária da pousada que estava me ajudando a organizar o pedido, ela sugeriu que fosse feito na praça ao lado da igreja e à noite para poder usar as velas. Eu topei! Seria no domingo, um pouco depois que escurecesse, tipo às 19:30 (estávamos no horário de verão). Vanilha iria me avisar por WhatsApp quando tudo estivesse pronto.

Aí vem uma parte difícil: achar desculpas para enrolar sua namorada a ficar na pousada, sem sair na rua, já que a praça fica no meio da pequena vila de Itaúnas.

O tempo passava e nada de Vanilha falar que estava pronto e eu fui ficando ansioso. Ela dizia que estava dando mais trabalho do que o esperado, o vento estava fazendo as letras se desmancharem e apagando as velas. Quando deu 20:48, ela mandou algumas mensagens como: “trás ela”, “anda”, “trás ela logo”, “corre, porque vai chover”.

Disse para minha namorada que tínhamos que ir urgente para a rua. Chegando na praça, ela não queria ir até o local em que estava montado o pedido, porque havia chovido mais cedo e ela falou que “não queria pisar na lama”. Apesar de não ter lama, tive que convencê-la a dar uma volta para poder chegar ao local. Como a igreja estava aberta e com as luzes acesas, ela não desconfiou de nada, pois acreditou que fosse algo da igreja. Estava, inclusive, cheio de gente em volta, pois a missa havia acabado há pouco tempo e vários curiosos se aglomeraram.

Quando minha namorada conseguiu ver o que estava escrito “casa comigo”, ainda não tinha caído a ficha que era para ela e ficou olhando em volta para ver onde estavam os “noivos”. Foi então que ajoelhei e ela ficou toda surpresa e alegre. O pessoal em volta bateu palmas. Foi bem legal!

Meu pedido de casamento

Terminado tudo, fomos a um restaurante próximo. Passados cinco minutos, caiu uma chuva fortíssima que teria estragado tudo o que foi feito.

Mas, no final das contas, apesar dos problemas com o vento e a chuva, deu tudo certo e minha noiva adorou o pedido!

Você tem uma história para contar de pedido de casamento? Escreva abaixo nos comentários.

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Foto de capa de: mike krzeszak (CC BY 2.0)
Felipe Zig
Felipe Zighttps://www.abraceomundo.com/
Felipe Zig é jornalista, fotógrafo e apaixonado por viajar. Depois de conhecer mais de 20 países, decidiu criar o blog “Abrace o Mundo” para dar dicas de viagens e incentivar outras pessoas a viajar.

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