Uma dúvida muito comum de quem planeja uma viagem para Israel, é saber o que fazer em Jerusalém. A “Cidade Sagrada”, é a mais turística de Israel e possui pontos de relevância religiosa entre suas principais atrações, entretanto nem todos os pontos turísticos são religiosos.
Antes de falar o que fazer em Jerusalém, precisamos dizer que é importante escolher com atenção onde se hospedar. Por isso, fizemos um texto exclusivo sobre Onde ficar em Jerusalém, que explicamos como é cada região da cidade e damos dicas de hotéis.
Índice do Artigo
O que fazer em Jerusalém
Cidade Velha
Essa é o coração da parte histórica de Jerusalém. A Cidade Velha, também conhecida como Cidade Antiga, é a região antiga de Israel, cercada por uma grande muralha e onde se encontram os mais famosos pontos turísticos do país: Muro das Lamentações, Basílica do Santo Sepulcro, Via Dolorosa e Cúpula da Rocha.
A Cidade Velha conseguiu manter muito de suas características históricas, possuindo ruas estreitas e sinuosas que remetem a séculos passados, inclusive mantendo seus nove portões, que são os únicos acessos ao local. A Cidade Velha é dividida em quatro bairros: Muçulmano, Armênio, Cristão e Judeu. Sendo o bairro muçulmano o mais cheio e o judeu o mais bem conservado.
Para quem quer conhecer com mais detalhes a Cidade Velha, vale a pena fazer uma visita guiada. Há visita guiada em grupo pela Cidade Velha, que dura 4 horas e pode ser feita em inglês ou espanhol.
Via Dolorosa
Quando se fala o que fazer em Jerusalém, o primeiro local que muitas pessoas lembram é da Via Dolorosa. Também chamada de Via Sacra, esse é o caminho percorrido por Jesus desde sua condenação à morte até a crucificação.
A Via Dolorosa possui 14 estações, terminando na Basílica do Santo Sepulcro. O percurso não é grande e a maior parte está dentro do bairro muçulmano da Cidade Velha.
Uma dica importante é fazer o percurso com guia, porque se você for por conta própria, que foi o meu caso, você não saberá o que aconteceu em cada uma das estações. Há visita guiada a via dolorosa e demais pontos da cidade velha que dura meio dia. Há também um tour de um dia inteiro por Jerusalém, que além da cidade velha vai no Monte Scopus e Museu do Holocausto.
Basílica do Santo Sepulcro
Local mais sagrado para os cristãos, a Basílica do Santo Sepulcro é o final da Via Dolorosa. A igreja fica onde, segundo a tradição cristã, Jesus foi crucificado, sepultado e ressuscitou no terceiro dia. A Basílica é simples por fora, mas interessante e bonita por dentro. Por isso, é um dos principais pontos turísticos da cidade, mesmo para os não cristãos.
A Basílica está sempre cheia, independente do horário da visita. O local mais visitado é a Edícula, lugar onde acredita-se estar o túmulo de Jesus. Como o local é pequeno e só entram três pessoas de cada vez, a fila pode demorar um pouco. A Edícula está na maior cúpula da Basílica e é o local mais bonito de todo o santuário.
Muro das Lamentações
Um dos marcos de Jerusalém, o Muro das Lamentações também é uma atração religiosa. Sagrado para os judeus, o Muro é o que restou do Templo de Herodes, que foi destruído no ano 70 d.C pelo Império Romano. O local que se vê hoje não era parte do templo, apenas um muro de arrimo que dava sustentação ao templo que ficava na parte de cima, uma grande esplanada chamada de Monte do Templo, onde tem hoje uma mesquita.
O Muro das Lamentações não é bonito, mas como é um local turístico, todo mundo dá uma passadinha. Para se aproximar do Muro é preciso entrar em uma área cercada, onde são separados homens de mulheres por uma divisória.
Cúpula da Rocha
Situada logo acima do Muro das Lamentações, a Cúpula da Rocha (foto de capa) é uma mesquita, construída no século VII. O local é o terceiro mais sagrado para os muçulmanos e fica onde antes era o Templo de Herodes. Apesar dos judeus não concordarem, esse é o símbolo da Cidade Velha. A Cúpula Dourada é o que dá um charme à Cidade Velha de Jerusalém e é um dos locais mais fotografados.
Os turistas não podem entrar na mesquita, mas podem ir à esplanada onde ela fica, chamada de Monte do Templo.
Monte das Oliveiras
Situado em frente à Cidade Velha de Jerusalém, o Monte das Oliveiras é sagrado para cristãos, judeus e muçulmanos. Hoje, conta com poucas oliveiras e muitas construções religiosas e cemitérios. Na parte de baixo do monte fica a bela Igreja de Todas as Nações. Independente da questão religiosa, a maioria das pessoas sobem o monte para ver a vista. Do alto do monte há uma visão privilegiada da Cidade Velha e da Cúpula da Rocha.
A subida é um pouco cansativa, mas dá para ir a pé e para os mais preguiçosos é possível subir de táxi. Há também tour com guia e transporte que visita as principais atrações do Monte das Oliveiras.
Museu de Israel
Principal museu do país, o Museu de Israel é um grande museu, multitemático e que vale a pena a visita, mesmo para aqueles que não gostam de museus. O Museu de Israel foi fundado em 1965, para abrigar os Manuscritos do Mar Morto, que são os manuscritos mais antigos da Bíblia. Com o tempo, foi ganhando outras seções, aumentando de tamanho.
Atualmente, o museu é bem grande e possui vários temas, como arte moderna e contemporânea, arte religiosa e história. Entre os destaques está uma enorme maquete da Cidade Velha de Jerusalém na época do Templo de Salomão. Primeira atração paga da lista, mas vale a pena o ingresso comprado. Para saber mais leia: Museu de Israel, uma atração sensacional de Jerusalém.
Museu do Holocausto
O Yad Vashem ou popularmente conhecido como Museu do Holocausto é um memorial para lembrar as vítimas judaicas do holocausto nazista. O museu possui arquitetura moderna e o melhor é gratuito.
Dos pontos turísticos de Jerusalém, esse talvez seja o que a temática seja mais pesada. Por isso, não é todo mundo que visita o local.
Mercado de Mahane Yehuda
Principal mercado de Jerusalém, o Mahane Yehuda é onde você encontrará vários produtos típicos da região. Desde comidas, lembrancinhas e até a kipá, o “chapeuzinho” típico dos judeus. O lugar é frequentado predominantemente por locais, mas vale a pena dar uma passada e quem sabe saborear uma comida típica.
O que fazer em Jerusalém – atrações fora da cidade
Quando pensamos em o que fazer em Jerusalém não podemos esquecer algumas atrações turísticas muito interessantes que ficam fora da cidade, mas a uma distância que é possível ir e voltar no mesmo dia.
Basílica da Natividade (Belém)
A apenas 10 km de Jerusalém está a Basílica da Natividade, local onde Jesus nasceu segundo a tradição cristã. A igreja construída no século V é um dos locais mais importantes para os cristãos.
Apesar da proximidade com Israel, a basílica fica em Belém que é parte do território Palestino. Por isso para chegar até lá é necessário levar o passaporte e passar pelo controle do exército israelense. Se tiver tempo, você pode pegar uma excursão de um dia à Cisjordânia que vai a Belém, Jericó e Qasr el Yahud no rio Jordão.
Mar Morto
Um dos pontos turísticos mais famosos de Israel, o Mar Morto é parada obrigatória para turistas que visitam Jerusalém. O mar mais salgado do mundo que faz as pessoas flutuarem em suas águas fica a algumas dezenas de quilômetros de Jerusalém.
O Mar Morto, na verdade, é um lago e possui várias “praias”, algumas com a famosa lama negra que possui propriedades medicinais. Para conhecer as praias do Mar Morto, saber como chegar, curiosidades e precauções na hora de nadar nas águas salgadas leia o texto Guia do Mar Morto: praias, como nadar, perigos e mais dicas.
Há excursões para visitar o Mar Morto saindo de Jerusalém. Essas são excursões de dia inteiro e normalmente visitá-se outras atrações no mesmo dia. A mais comum é que visita o Mar Morto e Massada, que é uma fortaleza construída pelo Rei Herodes e fica no alto de uma montanha. A subida é feita em um teleférico e do alto se tem boa boa vista do Mar Morto.
Caso tenha pouco tempo e queira conhecer a Basílica da Natividade e o Mar Morto, há uma excursão que visita Belém e Mar Morto no mesmo dia.
Dicas além dos pontos turísticos de Jerusalém
Agora que você já sabe o que fazer em Jerusalém, veja nossas outras dicas importantes. Temos um texto sobre Jerusalém que contamos a história recente, disputa judeus x palestinos, quando viajar e outras dicas
Hospedagem
A primeira é com relação a hospedagem. Jerusalém é uma cidade que possui regiões muito distintas e escolher onde ficar pode interferir na experiência que você terá na cidade.
A região mais turística, a Cidade Antiga, não é um local interessante para se hospedar. Além de possuir poucas opções de hotéis, a região é deserto e escuro à noite. Ainda tem o fato de que muitas ruas são de trânsito exclusivo de pedestres. Ou seja, é um problema para levar as malas.
As três regiões que concentram a maioria dos hotéis são Jerusalém Oriental (parte árabe), Jerusalém Ocidental e o centro da cidade, essas duas últimas são judias. Como há muitos detalhes a serem observados, nós fizemos um texto apenas para explicar onde ficar em Jerusalém, com as informações sobre cada região da cidade e indicações de hotéis bem localizados.
Seguro Viagem
A segunda é que vale a pena fazer um seguro viagem. No artigo se é seguro viajar para Jerusalém, mostramos que o país é seguro, há poucos casos de roubo e atentados não são comuns. Entretanto, é sempre bom viajar com seguro viagem, principalmente porque gastos médicos em Israel são caros. Faça uma cotação de seguro viagem agora.
Internet no celular
Outra dica importante é ter um chip de celular com internet. Isso vai lhe ajudar a se localizar melhor e não ficar perdido na cidade. Você pode adquirir ao chegar em Israel ou adquirir com antecedência um chip internacional no Brasil, veja os preços. Para quem quer conhecer as vantagens e desvantagens e as empresas que vendem o chip no Brasil, leia o texto que fizemos sobre chip internacional.
Leia também outros textos sobre Israel:
-Conheça os principais destinos turísticos de Israel
-É caro viajar para Israel? Veja quanto custa uma viagem à Jerusalém
-Guia do Mar Morto: praias, como nadar, perigos e mais dicas
Foto de capa: Patrick McKay (CC BY-NC 2.0)