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20 frases sobre viajar, para pensar e se inspirar

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Salar de Uyuni

Frases sobre viajar é algo que adoro ler! E não é difícil entender o motivo. Alguns textos tem o poder de nos influenciar e nos fazer refletir sobre algum assunto, não é verdade? Mas, não apenas textos, às vezes, apenas uma frase já é suficiente para causar reflexão.

Por isso, escolhemos 20 frases sobre viajar que vão dar um incentivo para você querer arrumar a mala e cair na estrada!

Pandemia ajudou a percebemos como as viagens são importantes

Durante a pandemia do coronavírus (covid-19) ficou difícil de viajar, mas a quarentena foi um bom momento para refletir sobre o que nos deixa feliz. Muitas pessoas perceberam que viajar era um dos momentos que mais lhe deixavam felizes. E que o valor gasto na viagem é o investimento que mais traz alegrias e boas lembranças.

Apesar da pandemia parecer não passar nunca, ela é apenas momentânea. Esse período impôs limitações a viagens internacionais, diminuiu a oferta de voos e alterou serviços turísticos. Entretanto, nada disso foi suficiente para diminuir a vontade de viajar.

Muitas pessoas aproveitaram a primeira oportunidade que tiveram e caíram na estrada. Mesmo, não sendo para o destino que haviam planejado anteriormente ou que foi necessário mudar a forma de visitar aquele local, já dá para sentir de novo o gostinho que é sair da sua cidade e visitar um lugar diferente.

Com o controle da pandemia, viagens nacionais e internacionais voltaram a ocorrer, mesmo que dentro de um “novo normal”. E os turistas poderão conhecer, sentir e experimentar tudo que um destino fascinante pode proporcionar a um viajante.

Por isso, leia as frases sobre viagem e se inspire, pensando nas viagens que você ainda poderá fazer.

Presentes para quem gosta de viajar

Se você tem um parente, amigo/a ou namorado/a que de viajar, vale a pena ver nosso texto sobre Presentes para quem gosta de viajar: dos criativos aos mais úteis. Nesse texto damos dicas de presentes de todos os preços e gostos para quem gosta de viajar. Desde itens básicos que são necessários em viagens, mas muita gente esquece de comprar, até itens mais criativos e diferentes.

Frases sobre Viajar

  1. Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir. (Amir Klink)
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2.  Tenha histórias para contar, não coisas para mostrar.

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3. Uma jornada de mil quilômetros começa com apenas um passo.  (Lao Tzu)

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4. “Viajar é a melhor forma de se perder e de se encontrar ao mesmo tempo” (Brenna Smith)

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Foto de: Global Panorama (CC BY-SA)

5. Não viajo para fugir da vida. Viajo para a vida não fugir de mim.

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Foto de: Moyan Brenn (CC BY)

6. O que faria se ganhasse na loteria? Viajaria o mundo!

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7. Viajar é trocar a roupa da alma. (Mario Quintana)

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8. De todos os livros do mundo, as melhores histórias estão nas páginas de um passaporte.

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9. Eu não tenho paredes, só tenho horizontes. (Mario Quintana)

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Foto de: Tony Hisgett (CC BY)
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10. Viajar não é um luxo, é uma necessidade.

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11. A aventura pode até machucar você, mas a monotonia pode matar.

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12. Pior que não terminar uma viagem é nunca partir. (Amir Klink)

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13. Se fosse para ficarmos em um só lugar, teríamos raízes ao invés de pés. (Rachel Wolchin)

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Foto de: Jimmy Baikovicius (CC BY-SA)

14. Quando chego de uma viagem, já penso na próxima.

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Foto de: Moyan Brenn (CC BY)

15. Viajar é mais do que a visão de pontos turísticos, é a mudança que acontece, profunda e permanentemente, no conceito sobre o que é a vida. (Miriam Beard)

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Foto de: Nicolas Raymond (CC BY)

16. Ao invés de colecionar roupas, eu coleciono pores do sol pelo mundo.

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17. Se não escalar a montanha, você nunca poderá apreciar a vista. (Pablo Neruda)

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18. Uma vez por ano vá a um lugar que você nunca esteve antes. (Dalai Lama)

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19. Um navio no porto é seguro, mas não é para isso que os navios foram feitos. (William Shedd)

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20. Viajar te deixa sem fôlego, sem palavras, mas ao regressar, você se torna um contador de histórias. (Ibn Battuta)

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As frases sobre viajar te incentivaram a querer arrumar a mala e sair pelo mundo? Então já comece a planejar sua próxima viagem! O planejamento deve ser feito a longo prazo, porque você precisa saber quanto precisará gastar e qual a melhor época do ano para viajar. E se quiser encontrar um(a) companheiro(a) para viajar com você, ainda é preciso conciliar férias.

Para saber outras dicas leia nosso texto Como planejar uma viagem por conta própria ao exterior. Afinal “um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir”.

A pesquisa sobre as frases sobre viajar foi feita pela internet, algumas delas são de pessoas conhecidas e outras de criativos desconhecidos.

Viajar lhe proporciona leveza ou peso? Reflita durante o isolamento

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Padrão dos Descobrimentos em Lisboa

Viajar pode ser uma atividade muito agradável e prazerosa para muita gente. Mas, você já pensou se ela te proporciona leveza ou peso? A questão da dicotomia leveza x peso é antiga e complexa.

Durante a pandemia do coronavírus (covid-19) as pessoas estão passando mais tempo em casa. Esse é um bom momento para refletir sobre vários assuntos e esse é um tema bem interessante para pensar. Saber como você se comporta em uma viagem lhe ajudará a  compreender melhor a si mesmo e pode lhe ajudar a aproveitar mais intensamente a próxima viagem.

Leveza ou peso?

O que me levou a fazer essa reflexão de leveza x peso foi o livro A Insustentável leveza do Ser de Milan Kundera. A obra ganhou uma versão no cinema em 1988. Porém, é no livro que se tem uma reflexão mais profunda sobre o peso e a leveza.

Segundo Kundera “o mais pesado dos fardos nos esmaga” e completa “quanto mais pesado o fardo, mais próximo da terra está nossa vida e mais ela é real e verdadeira.

Por outro lado, “a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve que o ar, com que ele voe, se distancie da terra, do ser terrestre, faz com que ele se torne semi-real, que seus movimentos sejam tão livres quanto insignificantes.”

De acordo com o filósofo grego Parmênides, que viveu entre os séculos VI e V antes de Cristo, o mundo está dividido em dualidades ontológicas do ser, que seriam duplas de contrários.

Entre essa dualidade estão: luz e escuro, quente e frio, ser e não-ser, peso e leveza. Ele considera que um polo é positivo e o outro é negativo e o negativo é apenas a ausência do positivo. Para o grego, a luz, o quente, o ser e inclusive a leveza são polos positivos.

Milan Kundera usa referências como Parmênides e Nietzsche para fazer uma reflexão existencial sobre a leveza e o peso. Em sua obra, a leveza deriva da liberdade descompromissada e é algo positivo.

Leia também: 20 frases sobre viajar, para lhe inspirar

Pillow Fight em Braga (Portugal)
Pillow Fight em Braga (Portugal)

Mas, afinal, viajar nos traz leveza ou peso?

Isso depende muito de como você encara uma viagem. Se for uma viagem a trabalho, o peso estará muito mais presente do que a leveza, afinal você terá objetivos e metas a serem cumpridos.

Já uma viagem a turismo, as circunstâncias são muito diferentes, mas não necessariamente a viagem lhe trará leveza. Quanto mais objetivos você tiver, se obrigando a fazer todas as atividades que estão no roteiro, independente das eventualidades, mais peso a viagem terá. Já se você se permitir mudar planos e preocupar menos com certos problemas que ocorrerem, você viajará com mais leveza.

Nenhuma das duas extremidades são boas. Pois se viajar com peso demais, estará tão estressado, que as férias podem se tornar quase tão cansativas quanto o trabalho. Porém, se estiver completamente leve, problemas que aparecerem e você não der importância podem fazer seus gastos aumentarem, mudando completamente seu roteiro.

Entretanto, se as extremidades não são o ideal, também não é o equilíbrio o que a maioria das pessoas buscam com uma viagem. A leveza precisa preponderar! Viajar significa se desligar de alguns problemas e preocupações que são comuns em nosso cotidiano.

Em uma viagem não há horário certo para sair do hotel ou voltar. Por isso, você pode se desligar mais do relógio e se permitir desbravar mais uma localidade, chegando mais tarde ou voltando mais cedo para descansar.

Além disso, nenhum roteiro predefinido deve se tornar uma camisa de força. O que você viu antes da viagem que poderia ser interessante para 4 horas, pode valer a pena passar o dia inteiro ou pode ser substituído por algo mais atraente. Quanto mais flexível você for em relação a horários de dormir e acordar, refeições e costumes, com mais leveza você fará uma viagem.

E se você ainda não possui a leveza que queria dispor ao fazer uma viagem, não se preocupe. Isso é algo que vai se conquistando com o tempo. Quanto mais confiante, seguro e feliz se sentir ao fazer uma viagem, mais leveza terá no seu percurso.

E você, possui mais leveza ou peso ao realizar uma viagem? Compartilhe conosco nos comentários!

Tour ao Deserto de Agafay, no Marrocos: Vale a pena?

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Passeio de camelo no deserto de Agafay – Foto: Get Your Guide (GYG)

Quando a gente pensa em deserto marroquino, a imagem que vem à cabeça é quase sempre a mesma: dunas douradas que se perdem no horizonte, camelos caminhando lentamente sob o sol e aquele pôr do sol cinematográfico digno de fundo de tela. Mas… e se eu te disser que dá pra ter uma experiência no deserto sem sair de perto de Marrakech, em um passeio rápido, prático e até bem interessante?

É aí que entra o Deserto de Agafay.

Localizado a menos de uma hora da cidade, Agafay é uma opção para quem quer ter um gostinho da vida no deserto, mas já aviso de antemão: ele é um deserto mais simples. Nada de dunas gigantes ou paisagens incríveis, como no Saara. O cenário aqui é mais cru, com solo composto por pedras, cascalho e colinas áridas de tons ocres e amarronzados. Não tem a beleza hipnotizante do Saara, nem seu charme cinematográfico. Mas, apesar de mais modesto, Agafay tem seu valor.

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Depois de ter conhecido o Saara, Agafay (foto acima) não impressiona, mas o tour valeu a pena!

Pra quem está com o roteiro apertado e não pode investir dois ou três dias numa expedição até Merzouga (leia nosso texto sobre o incrível deserto de Merzouga), ele aparece como uma alternativa viável e surpreendente. E com o bônus de oferecer experiências bem bacanas: passeio de camelo, quadriciclo, jantar sob as estrelas.

Neste texto, vou te contar tudo que você precisa saber pra decidir se vale a pena incluir Agafay no seu roteiro. Quer descobrir se esse deserto sem dunas pode te conquistar? Então vem comigo!

Onde fica o Deserto de Agafay? E como chegar lá?

Se você está em Marrakech e tem só um ou dois dias sobrando no roteiro, já pode respirar aliviado: o Deserto de Agafay está praticamente ali do lado. Ele fica a cerca de 40 quilômetros do centro da cidade, o que significa que, em menos de uma hora de carro, você já troca o som das buzinas pelo silêncio absoluto do deserto.

Isso mesmo, não precisa viajar meio mundo até o Saara para ver paisagens secas e sentir o vento quente batendo no rosto. A estrada é asfaltada na maior parte do trajeto e o caminho, apesar de não ter muitos atrativos no meio, vai te colocando no clima da mudança de paisagem.

A maioria das pessoas opta por contratar um tour com transporte incluído, o que é bem prático e evita dores de cabeça. Os passeios costumam sair no meio da tarde, assim dá tempo de curtir o pôr do sol no deserto, jantar e ter uma apresentação musical à luz das estrelas.

pôr do sol no deserto de marraquexe
Aproveitando o pôr do sol para tirar fotos românticas

Então, se a ideia é encaixar uma experiência desértica no seu roteiro sem bagunçar toda a programação, Agafay pode ser a resposta. É quase como dar um pulinho no deserto antes do jantar. Literalmente.

Os principais tipos de tour no Deserto de Agafay

Se você chegou até aqui pensando que o Deserto de Agafay é só um monte de pedra pra tirar foto e voltar pra casa, prepare-se para se surpreender. Há experiências diferentes e bem organizadas pra você viver um mini roteiro no estilo “mil e uma aventuras”. E o melhor: gastando pouco — o que é sempre um bônus bem-vindo!

Aliás, os passeios para Agafay costumam ser bem baratos, o que ajuda a explicar por que são tão procurados. Mas aqui vai um conselho de viajante pra viajante: reserve com antecedência. No dia em que fiz o tour, teve gente tentando embarcar na hora, perguntando se havia vaga na van. Já estava tudo cheio.

E um ponto importante: reserve com uma agência confiável. Eu indico a GetYourGuide e a Civitatis, que oferecem boa estrutura e segurança. Quando eu fui, por exemplo, o passeio de camelo prometia ser incrível — até perceber que acontecia ao lado de uma estrada, pouco movimentada, mas que os carros passavam a sete metros de distância. O charme do deserto sumiu rapidinho.

deserto marraquech
Nosso passeio de camelo ocorreu ao lado da estrada

Pra completar, a sela de um camelo estava mal presa, e uma pessoa chegou a cair. Por sorte, caiu de pé. Mas o grupo inteiro ficou tenso com a situação.

A seguir, explico os principais tipos de tour oferecidos por lá — com dicas e observações sinceras pra você escolher com segurança e evitar perrengues.

Passeio de camelo, quadriciclo, jantar e espetáculo musical

Esse é o combo mais vendido — e com razão. Você vive a experiência completa de Agafay: passeio de camelo com roupas típicas berberes (as túnicas e turbantes estão inclusos e rendem ótimas fotos), depois parte para um tour de quadriciclo pelas colinas secas (a ordem das atividades pode variar conforme a empresa) e, à noite, aproveita um jantar sob as estrelas com apresentação musical ao vivo. Músicos tocando tambores ao redor da fogueira e, às vezes, até dançarinos compõem o espetáculo.

roupas berberes marrocos
Nós vestimos as roupas típicas bérberes para o passeio de camelo

O passeio de quadriciclo é divertido, mas confesso que foi devagar demais pro meu gosto. Como havia pessoas pilotando pela primeira vez, o ritmo foi lento. Eu, que já tinha feito esse tipo de tour nos Lençóis Maranhenses acelerando muito mais, senti falta de emoção. Além disso, os veículos eram meio detonados. Vi outros grupos passando com modelos mais novos e potentes, claramente parte de tours mais caros.

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Quadriciclo com farol quebrado e roda de trás muito gasta do nosso tour

Nas opções mais econômicas, os quadriciclos são mais velhos, o jantar é simples (geralmente um buffet com poucas opções, com um tipo de tajine e cuscuz), mas os guias são muito bons — simpáticos e solícitos, o que já faz metade da experiência valer a pena. Como os preços são baixos, a relação custo-benefício é excelente, e as avaliações são surpreendentemente altas. Se estiver buscando esse tipo de tour mais barato, recomendo dois da Get Your Guide: o da Mouslih Tour (o mais comprado) e o da Morocco Guide Smile (o mais bem avaliado).

Agora, se você procura uma experiência mais completa, com quadriciclos melhores, um jantar de nível superior (com mais variedade e melhor apresentação) e uma apresentação musical mais elaborada, há um tour excelente também disponível na GetYourGuide. Existe ainda uma versão que substitui o quadriciclo pelo buggy, ideal para quem prefere mais conforto e estabilidade.

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Buggys no deserto de Agafay – Foto: GYG

Para quem prefere fazer o passeio durante o dia, há uma alternativa com almoço em vez de jantar. Nesse caso, não há apresentação musical, mas o tour inclui acesso a uma piscina, perfeita para os dias de calor intenso do deserto.

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Alguns acampamentos no deserto possuem piscina – Foto: Civitatis

Passeio de camelo com jantar e espetáculo musical

Uma versão mais tranquila e sem o quadriciclo. Aqui você faz apenas o passeio de camelo (com direito às roupas típicas), aproveita o pôr do sol e depois janta em uma tenda tradicional berbere, com uma apresentação musical incluída.

passeio camelo marrakech

É ideal para quem quer algo mais calmo, sem tanta poeira no rosto ou emoção sobre rodas. Essa opção é menos comum, por isso não há tantas ofertas disponíveis. A Civitatis tem uma versão mais sofisticada desse tour, com jantar e apresentação semelhantes aos das opções mais completas.

Jantar com apresentação musical (sem passeio)

Se camelos e quadriciclos não são a sua praia, mas você ainda quer ter uma noite especial no deserto, essa é a escolha perfeita. Você é levado diretamente ao acampamento e janta sob o céu estrelado, com pratos servidos à la carte e mesas individuais — um toque de sofisticação que não existe nos jantares coletivos dos tours mais baratos.

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Apresentação é parecida com as da praça Jemaa el-Fna em Marraquech – Foto: GYG

A apresentação musical também é mais refinada, com mais músicos e dançarinos, e o ambiente é ideal para casais ou para quem busca uma noite em grupo, mas já vi relatos de viajantes solos que ficaram meio isolados. Veja aqui os detalhes desse passeio.

Tour de quadriciclo no deserto de Agafay

Se o seu objetivo é sentir a adrenalina, então vá direto ao ponto: escolha um tour focado exclusivamente no quadriciclo. Esses roteiros costumam oferecer veículos mais novos, percursos mais longos e duração maior.

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Nosso passeio de quadriciclo, no tour comum, durou 40 minutos

Enquanto os combos tradicionais incluem cerca de 40 minutos de quadriciclo, esses tours dedicados duram em média 2 horas. O nível de emoção vai depender do grupo, claro, mas é o melhor caminho para quem já pilotou antes ou quer se aventurar de verdade, longe do estilo “carreata turística”.

Veja aqui mais sobre esse tour.

Dormir no deserto de Agafay: céu estrelado e silêncio absoluto

Sim, também dá pra dormir no deserto de Agafay. Embora a experiência não seja tão intensa quanto a de passar a noite em Merzouga (com suas dunas gigantes e atmosfera quase mística), Agafay oferece uma versão mais acessível e compacta, ideal para quem tem pouco tempo.

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Tenda para se hospedar no deserto de Agafay – Foto: GYG

Para quem pode esticar o roteiro, o ideal mesmo é fazer o tour de 3 dias até Merzouga — e temos um relato completo sobre isso aqui no blog. Mas, se o tempo está curto, pernoitar em Agafay pode ser uma forma interessante de sentir um pouco da magia do deserto.

Os tours com pernoite geralmente saem no meio ou no fim da tarde e incluem: passeio de camelo, jantar típico, show musical, hospedagem em tendas com cama e banheiro privativo, além do café da manhã no dia seguinte. E claro, você ainda presencia o nascer do sol — sempre um espetáculo à parte.

Tanto a Civitatis quanto a GetYourGuide oferecem versões bem avaliadas desse tipo de tour. Se a ideia de dormir sob um céu absurdamente estrelado, em total silêncio, te atrai, pode ser uma ótima escolha.

Agafay ou Saara? Qual vale mais a pena?

Essa é uma dúvida comum entre quem visita o Marrocos: vale a pena conhecer o deserto de Agafay ou é melhor investir em uma viagem até o Saara? E a resposta, como quase tudo no mundo das viagens, depende do seu tempo, das suas expectativas e até do seu fôlego para encarar estrada.

O Deserto de Agafay é, sem dúvida, a opção mais prática. Está ali, a menos de uma hora de Marrakech, e oferece um gostinho da vida no deserto com direito a camelo, poeira, tajine e pôr do sol — tudo num bate-volta confortável. É ideal para quem tem poucos dias na cidade ou prefere não passar longas horas dentro de uma van cruzando o país.

Mas sejamos honestos: Agafay não tem o mesmo impacto visual e emocional do Saara. O Saara — especialmente em Merzouga, onde ficam as famosas dunas de Erg Chebbi — é aquilo que a gente imagina quando ouve a palavra “deserto”: montanhas de areia dourada se movendo com o vento, silêncio absoluto e uma sensação de estar em outro planeta. Sem exagero, é uma experiência quase mística.

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Deserto de Erg Chebbi com novo grupo de turistas chegando de camelo

Por outro lado, pra chegar até lá você precisa de, no mínimo, dois dias inteiros, sendo que três dias é o ideal. A estrada é longa, são muitas horas de deslocamento e o roteiro exige disposição. Mas se você tem esse tempo e gosta de vivências mais intensas, o Saara vale cada segundo.

O que fazer em Rabat, Marrocos: a capital que (quase) ninguém coloca no roteiro, mas todo mundo devia

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Parte histórica e moderna de Rabat - Foto: Ning Tranquiligold Jin (CC BY-NC-SA 2.0)

Quando a gente pensa em Marrocos, o que vem à cabeça primeiro? Marrakesh e suas medinas labirínticas? O deserto do Saara? Talvez Fès e seus curtumes coloridos ou Casablanca onde está o maior aeroporto do país. Mas, e Rabat? Pois é… a capital do país costuma ser deixada de lado por muitos viajantes, como se fosse uma capital meramente administrativa, sem graça. Mas basta chegar lá para mudar de ideia rapidinho.

Rabat é uma daquelas surpresas boas que ninguém te avisa. Uma capital que funciona, sem o caos de outras metrópoles marroquinas. Limpa, organizada e com um charme que mistura o tradicional com o moderno. Tem muralhas medievais e arte contemporânea, tem medina tranquila e bairros com cafés estilosos. E o melhor: tudo isso sem multidões te atropelando nos souks ou tentando te vender um tapete voador por dez vezes o preço justo.

Se você gosta de destinos onde é possível respirar, andar com calma, fotografar sem ter quinze pessoas passando na frente da câmera e ainda conhecer lugares autênticos, então já adianto: Rabat vai te conquistar. Neste texto, eu vou te mostrar o que fazer por lá — das atrações mais conhecidas às experiências menos óbvias, da hospedagem à comida boa e acessível. Porque Rabat pode até ser discreta, mas tem muito a oferecer a quem se dá o trabalho de explorá-la. E aí, bora descobrir juntos?

Por que Rabat merece um lugar no seu roteiro?

Você pode até não ter pensado em Rabat como parada obrigatória no seu roteiro pelo Marrocos, mas a capital do país tem aquele jeitinho subestimado que surpreende — e muito. Enquanto outras cidades do país gritam por atenção com buzinas, vendedores insistentes e trânsito caótico, Rabat fala baixo, com calma e elegância. É organizada, limpa e tem um ritmo próprio, mais tranquilo e agradável. Dá pra dizer que é uma capital com alma de cidade do interior (só que com museus modernos, prédios governamentais imponentes e VLT passando pelas avenidas floridas).

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Soldado na entrada do Mausoléu Mohammed V

Um detalhe que já melhora a experiência logo de cara: os táxis rodam com taxímetro. Sim, você leu certo! Nada de negociar corrida a cada esquina ou sair no prejuízo por não saber o preço justo. Em Rabat, você entra no carro, o motorista liga o taxímetro e pronto — civilização! Isso já diz muito sobre a vibe da cidade: prática, honesta e sem enrolação.

E se você se preocupa com alimentação, aqui vai outro ponto positivo: Rabat oferece ótimas opções de comida boa e barata. De cafés aconchegantes a restaurantes tradicionais, é fácil encontrar lugares limpinhos e com bom atendimento, servindo pratos bem preparados por preços bem mais em conta do que você vai pagar em Marrakesh, Casablanca ou Fez. Comer bem sem gastar muito é um dos pequenos prazeres de quem visita Rabat.

No fim das contas, Rabat pode não ser o destino mais badalado do Marrocos, mas é, sem dúvida, um dos mais agradáveis. Uma cidade que não precisa de holofotes para brilhar — basta você chegar lá para perceber que o charme dela está justamente no que não grita.

Da fortaleza medieval à cidade-jardim: um mergulho rápido na história

Rabat pode até parecer discreta hoje em dia, mas sua história é digna de novela das nove — com direito a império, invasão, abandono e um retorno triunfal como capital moderna. Tudo começou lá no século XII, quando os almóadas — uma dinastia berbere poderosa — construíram uma fortaleza na foz do rio Bou Regreg. O objetivo? Lançar expedições militares rumo à Andaluzia. Foi daí, inclusive, que veio o nome da cidade: Ribat al-Fath, que significa algo como “fortaleza da vitória”.

Kasbah des Oudaias Rabat
Vista do alto do Kasbah des Oudaias

O auge dessa primeira fase de Rabat foi curto, e por muito tempo a cidade ficou meio esquecida. Quem acabou se destacando na região foi a vizinha Salé, do outro lado do rio, que floresceu como centro comercial e pirata (sim, pirata mesmo — os corsários de Salé não eram nada amigáveis no século XVII).

A reviravolta veio só no início do século XX, quando o Marrocos virou protetorado francês. Foi então que os franceses, com seu apetite por planejamento urbano, transformaram Rabat na nova capital administrativa do país, em substituição a Fez. O arquiteto urbanista Henri Prost desenhou a chamada Ville Nouvelle, um centro moderno com largas avenidas, jardins e praças que ainda hoje contrastam — de forma charmosa — com a medina histórica.

Depois da independência do Marrocos, em 1956, Rabat manteve seu posto de capital, agora com o charme marroquino complementado por um certo ar francês. E esse contraste entre muralhas medievais, ruínas romanas, avenidas arborizadas e prédios governamentais compõe a personalidade única da cidade.


Mas Rabat não vive só do passado, viu? Quando se pergunta o que fazer em Rabat, saiba que o presente também se impõe na paisagem. Um bom exemplo disso é a Mohammed VI Tower, que desponta no horizonte como símbolo da modernidade marroquina. Trata-se do prédio mais alto da África, com mais de 250 metros de altura, todo envidraçado, futurista e imponente, às margens do rio Bou Regreg. Ela é a prova de que Rabat não parou no tempo — pelo contrário, está olhando para o futuro com bastante ambição (e concreto!).

Mohammed VI Tower
Grande Teatro de Rabat e o edifício Mohammed VI Tower

Onde hospedar em Rabat: bairros, estilos e bolsos

Escolher onde se hospedar em Rabat não é difícil, cada bairro tem uma personalidade diferente, e a sua escolha vai depender do tipo de experiência que você quer ter. A boa notícia é que a cidade é compacta, bem conectada e com preços justos. Em outras palavras, dá pra dormir bem e pagar pouco.

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Medina ao entardecer em um dia de feriado

Se você quer aquela imersão marroquina clássica, com medina, riads cheios de azulejos, ruas estreitas e chamadas à oração ecoando pelas manhãs, hospedar-se na Medina de Rabat pode ser uma ótima pedida. Ela é muito mais tranquila que outras medinas do país, e ainda assim está perto de várias atrações, como a Kasbah des Oudaias e o mercado central. Entretanto, sua principal qualidade são os valores das hospedagens, muito menores que nos demais bairros próximos. Uma excelente opção com bom custo-benefício é o Dar Yanis, um riad aconchegante, bem localizado, com bom atendimento e café da manhã no terraço. Já se você procura mais conforto, o Riad Sidi Fatah é uma ótima escolha, com decoração típica marroquina, que faz o riad parecer um palácio.

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Av. Mohammed V criada pelos franceses

Agora, se você prefere praticidade, ruas largas e um ambiente mais moderno e silencioso, o bairro Hassan é uma excelente escolha. Ele é central, bem servido por transporte público (inclusive o tram/VLT), e fica pertinho da Torre Hassan, do Mausoléu Mohammed V e do Parlamento. A região é bem mais cara que a medina. Ainda assim você consegue encontrar hotéis com preços medianos, se você busca uma boa opção custo-benefício o MyCity é uma ótima escolha, o flat possui decoração moderna e quartos amplos. Já para quem procura mais conforto, o BRĂAT Hôtel é um ótimos 4 estrelas, muito conceituado.

Já quem curte uma vibe mais jovem, com cafés descolados, lojas de design e vida noturna leve, pode considerar se hospedar em Agdal ou Riyad. Esses bairros mais ao sul têm um clima residencial de classe média alta, com muitos estudantes universitários e expatriados. A desvantagem são os valores mais altos de hospedagem e ficarem um pouco mais afastados das atrações turísticas, mas nada que um táxi não resolvam. Por lá, uma boa opção custo-benefício é o Atlas-Résidence by Rent-Inn, um flat moderno, com quartos amplos e que possui opções de suítes com cozinha. Já para quem busca luxo o Rabat Marriott Hotel é uma ótima opção, um dos melhores da cidade.

O que fazer em Rabat: atrações imperdíveis

Rabat pode até ser uma capital discreta, mas guarda um conjunto de atrações que surpreende quem resolve explorá-la com calma. Aqui não tem o caos turístico de Marrakesh, nem o apelo religioso intenso de Fez — e talvez seja justamente isso que torna a experiência tão agradável. Dá pra visitar os principais pontos turísticos em um e todos eles em dois ou três dias, dependendo do seu ritmo, e ainda incluir descobertas pelo caminho. Vamos a elas?

Kasbah des Oudaias: a fortaleza com vista para o Atlântico

Kasbah des Oudaias
Muralhas da Kasbah des Oudaias

A Kasbah des Oudaias é, sem dúvida, a parte mais visitada de Rabat. Essa antiga fortaleza do século XII foi construída em posição estratégica, no alto de uma colina, com vista privilegiada para o Oceano Atlântico e a foz do rio Bou Regreg. Lá de cima, o visual é belíssimo, especialmente ao entardecer, quando o sol começa a cair no mar e a luz dourada se espalha pelas muralhas.

pontos turísticos rabat
Escadas ao redor da muralha com vista do mar

Nos últimos anos, a kasbah passou por um processo completo de restauração. Todas as suas vielas foram revitalizadas, e as fachadas das casas ganharam pintura nova: branco predominante, com detalhes em azul nas portas, janelas e vasos. O resultado é esteticamente muito bonito — lembra até aquelas vilas da Grécia, com sua harmonia entre o claro e o azul — mas é verdade que, com tanta renovação, o lugar perdeu um pouco da sua rusticidade e do ar antigo. Ainda assim, é um dos cenários mais fotogênicos da cidade.

Dentro da fortaleza, você vai encontrar o Jardim Andaluz, um pequeno refúgio com palmeiras, fontes e bancos sombreados. Logo ao lado está o tradicional Café Maure, ótimo para fazer uma pausa, tomar um chá de menta ou um café enquanto aprecia a vista para o rio. E para quem se interessa por cultura, ali também fica o Udayas Museum, também conhecido como Museu Nacional da Joalheria, instalado em um antigo palácio. Embora pequeno, o acervo traz peças tradicionais que ajudam a entender a riqueza e o simbolismo da arte marroquina no uso de metais e pedras.

Torre Hassan e Mausoléu Mohammed V: símbolo da nação marroquina

Torre Hassan
Torre Hassan ao nascer do sol – Foto: Freepik

Aqui é onde Rabat mostra seu lado mais solene. A Torre Hassan, com seus 44 metros de altura, é o que restou de uma mesquita monumental inacabada do século XII. A construção foi iniciada pelo califa almóada Yaqub al-Mansur, que queria erguer a maior mesquita do mundo muçulmano ocidental. Só que o projeto foi interrompido após sua morte, e o que restou foram colunas de pedra alinhadas como um exército petrificado, uma grandiosidade incompleta, mas cheia de simbolismo.

Mausoléu Mohammed V
Entrada do Mausoléu Mohammed V com soldado em cavalo
Mausoléu Mohammed 5
Interior do Mausoléu Mohammed V é muito decorado

Ao lado está o Mausoléu Mohammed V, construído em 1971 para homenagear o rei que liderou o Marrocos durante a independência. A arquitetura é impecável: mármore branco por fora, tetos entalhados em madeira por dentro, vitrais coloridos e mosaicos em zellige que parecem bordados nas paredes. Guardas reais em trajes cerimoniais permanecem parados nas entradas, dando ao local um ar de reverência e respeito. A entrada é gratuita, e o espaço é aberto também para não-muçulmanos, o que é algo raro no país.

Medina de Rabat: tradição sem tumulto

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O que fazer em Rabat? A Medina é uma das atrações

Se você já visitou outras medinas no Marrocos, pode se preparar para uma experiência bem diferente. A medina de Rabat é tranquila, limpa e até surpreendentemente organizada. Dá pra caminhar sem esbarrar em multidões e fazer compras com bem menos pressão dos vendedores. Os souks locais vendem desde cerâmicas e tapetes até roupas e especiarias, tudo com preços mais honestos que nas cidades mais turísticas. Aproveite para observar o cotidiano local e o fluxo de moradores pela medina.

Ville Nouvelle: o traço francês no coração de Rabat

Se as medinas são um mergulho no passado medieval, a Ville Nouvelle de Rabat é o reflexo da influência francesa no século XX. Criada durante o período do protetorado francês, essa “cidade nova” foi projetada pelo urbanista Henri Prost a partir de 1912, com o objetivo de organizar a capital administrativa em torno de largas avenidas, jardins e prédios públicos imponentes. O resultado é uma área elegante, arborizada e bastante funcional, que ainda hoje concentra ministérios, sedes de bancos e hotéis clássicos.

rabat marrocos
A bonita Avenida Mohammed V com suas palmeiras e canteiro central

A principal via da Ville Nouvelle é a Avenida Mohammed V, onde é possível caminhar tranquilamente entre palmeiras, cafés antigos e construções em estilo art déco. O edifício da estação Rabat Ville e o Parlamento marroquino estão por ali, assim como várias galerias de arte, lojas de roupas e sorveterias. É um bom lugar para uma caminhada no fim da tarde, observando o cotidiano local e sentindo o ritmo calmo (quase europeu) da capital.

O lado futurista de Rabat: arte, cultura e arranha-céus

Grand Theatre of Rabat
O Grande Teatro de Rabat fica na parte nova da cidade

Mais adiante, seguindo o fluxo da cidade rumo ao rio Bou Regreg, Rabat revela uma nova face — ousada, moderna e ambiciosa. É ali que está o Museu Mohammed VI de Arte Moderna e Contemporânea, o primeiro museu do Marrocos totalmente dedicado à arte do século XX em diante. O edifício é imponente, com fachada de linhas limpas, e por dentro abriga um acervo que mescla obras de artistas marroquinos e internacionais. Para quem gosta de arte e arquitetura, é uma parada imperdível.

Museu Mohammed VI de arte
Museu Mohammed VI de Arte Moderna e Contemporânea

Bem próximo dali, o horizonte da cidade é redesenhado por duas obras grandiosas que mostram como Rabat está de olho no futuro: o The Grand Theater of Rabat, que chama atenção com suas curvas futuristas às margens do rio, e a Mohammed VI Tower, atualmente o edifício mais alto da África, com mais de 250 metros.

Corniche e Praia de Rabat: mar, sol e moradores locais

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Área beira mar em Rabat – Foto: Pixabay

A Corniche de Rabat é uma área revitalizada à beira-mar, ótima para caminhadas, corridas ou simplesmente ver o tempo passar. Aos fins de tarde, moradores fazem piquenique, crianças soltam pipa e surfistas entram no mar para aproveitar as ondas do Atlântico. A praia urbana não é das mais paradisíacas do país, mas é uma praia urbana perto das demais atrações.

Essas são as principais atrações de Rabat — e o melhor é que todas são fáceis de visitar, sem deslocamentos longos ou filas intermináveis. É uma cidade que te convida a andar, a observar, a respirar… e a se surpreender.

Sabores de Rabat, o que provar

Se tem algo que não decepciona no Marrocos, é a comida — e Rabat não foge à regra. Aliás, comer bem na capital é mais fácil e mais barato do que em outras cidades turísticas do país. A cidade tem um equilíbrio raro entre tradição e modernidade também à mesa: dá pra saborear pratos típicos em restaurantes simples e aconchegantes, experimentar receitas familiares com aquele tempero caseiro ou, se preferir, sentar em um bistrô com cara de Paris e pedir um couscous gourmet acompanhado de vinho.

tajine marroquino
O Tajine é o prato mais típico do Marrocos

Entre os pratos que você precisa provar, estão a rfissa (um prato à base de pão, lentilhas e frango, com muito cominho e caldo aromático), a bissara (sopa de fava servida com azeite e pão, ideal nos dias mais frescos) e a famosa pastilla de peixe, típica da costa atlântica, com sua mistura curiosa de doce e salgado. E claro, não dá pra sair do Marrocos sem experimentar um bom tajine — em Rabat, você vai encontrar desde os mais tradicionais, como os de frango com limão e azeitonas, até versões criativas com frutos do mar.

E tem também os cafézinhos com herança francesa, que são um charme à parte. Espalhados pela Ville Nouvelle, eles servem desde croissants fresquinhos a tartes de frutas, ideais para um lanche entre passeios.

Dicas práticas que evitam perrengue (e garantem uma experiência tranquila)

Rabat é, de modo geral, uma cidade fácil de visitar — especialmente se comparada ao ritmo acelerado e por vezes caótico de outras cidades marroquinas. Ainda assim, algumas dicas práticas podem te poupar dor de cabeça e fazer sua viagem fluir com muito mais leveza. Vamos a elas?

Melhor época para visitar

Vamos ser realistas: ninguém cruza o oceano para visitar só Rabat. A capital marroquina normalmente entra como parte de um roteiro maior, que inclui cidades como Marrakech, Fez e o deserto de Merzouga. Por isso, a dica mais útil é olhar o clima desses destinos principais, que variam mais ao longo do ano — e planejar Rabat encaixada nesse contexto.

A melhor época para viajar pelo Marrocos como um todo é entre março e maio (primavera) e entre setembro e início de novembro (outono). Nesses períodos, as temperaturas são mais agradáveis tanto em Marrakech, onde o calor do verão pode ser sufocante, quanto no deserto, que apresenta dias quentes e noites mais amenas — um equilíbrio perfeito para curtir os passeios pelas dunas de Merzouga. No verão (junho a agosto), o sul do país pode atingir temperaturas acima dos 45 °C durante o dia, tornando os tours no Saara bastante desconfortáveis.

Já Rabat, por estar na costa atlântica, tem um clima mais moderado o ano todo. Mesmo nos meses mais quentes, como julho e agosto, as temperaturas são mais amenas que em Marrakech, e o calor costuma vir acompanhado de uma brisa marítima. Ou seja: Rabat é agradável o ano inteiro.

Roupas e dress code

Rabat é uma cidade mais “cosmopolita” que outras regiões do Marrocos, mas ainda assim é recomendável vestir-se com modéstia, especialmente ao visitar locais religiosos. Calças ou saias abaixo do joelho e ombros cobertos são sempre bem-vindos.

Rabat o que fazer
Vista do Mausoléu Mohammed V

Segurança e abordagem de guias “espontâneos”

A cidade é considerada uma das mais seguras do país, com baixos índices de criminalidade. Ainda assim, fique atento(a) a uma situação comum em todo o Marrocos: pessoas que se oferecem para te “guiar” pelas atrações, mesmo sem você pedir. Muitas vezes, elas cobram depois — e nem sempre pouco. A dica é simples: recuse com gentileza e siga seu caminho. Se quiser um guia, contrate por meios oficiais como na Civitatis ou Get Your Guide.

Conectividade e chip de internet

Ter internet no celular ajuda bastante para usar mapas, pesquisar horários de funcionamento e até para traduzir informações. Você pode contratar um chip internacional da O Meu Chip, se quiser entender mais sobre esse assunto, leia nosso texto sobre chips internacionais. Outra opção, que costuma funcionar melhor é comprar um chip local (as principais empresas do país são a Maroc Telecom e a Orange) logo no aeroporto ou em lojas na cidade.

Tenha um seguro viagem

Pode parecer óbvio, mas vale reforçar: contrate um seguro viagem antes de embarcar para o Marrocos. Imprevistos acontecem, uma indisposição alimentar, um tropeço numa calçada, uma mala extraviada. E ninguém quer perder tempo (ou dinheiro) lidando com isso no meio da viagem. Com o seguro, você ganha a tranquilidade de saber que, se algo sair do esperado, terá suporte rápido e profissional. Acesse a Seguros Promo, uma das melhores plataformas para contratar seguros viagem e faça uma cotação.

Roteiros em Rabat: 1, 2 ou 3 dias

Rabat é uma cidade que se adapta bem ao seu tempo disponível. Seja numa parada rápida de um dia, numa estadia mais tranquila de dois ou três dias, ou mesmo como base para explorar os arredores, a capital marroquina tem um ritmo que permite conhecer bastante sem correria. Aqui vai um guia prático, dividido por durações, para você encaixar Rabat no seu roteiro de forma inteligente e proveitosa:

Roteiro em Rabat de 1 dia: o essencial

Se você tem apenas um dia em Rabat, foque no básico — mas o básico aqui já é especial.

Manhã: Comece pela Kasbah des Oudaias, que costuma estar mais vazia nas primeiras horas do dia. Caminhe pelas vielas recém-reformadas, visite o Jardim Andaluz, tome um chá no Café Maure com vista para o rio e, se quiser, entre no Museu da Joalheria.
Meio-dia: Siga para a Torre Hassan e o Mausoléu Mohammed V — eles ficam bem próximos e a visita é rápida.
Almoço: Aproveite para almoçar no bairro Hassan.
Tarde: Faça um passeio leve pela Medina de Rabat — uma boa oportunidade para compras tranquilas e observar a vida local.
Fim de tarde: Termine com uma caminhada pela Avenida Mohammed V, na Ville Nouvelle, e, se sobrar tempo e energia, um café para relaxar antes de partir.

o que fazer em Rabat
Vista do alto do Kasbah des Oudaias

Roteiro de 2 dias: entre história e arte

Com dois dias, você já pode explorar Rabat com mais calma e incluir experiências culturais.

Dia 1:
Siga o roteiro do dia anterior, mas com tempo de sobra para explorar a Medina com mais atenção e, quem sabe, pegar o tram (VLT) para voltar com tranquilidade ao hotel.

Dia 2:
Manhã: Comece visitando o Museu Mohammed VI de Arte Moderna e Contemporânea. Programe pelo menos 1h30 para ver com calma as exposições.
Meio-dia: Almoce na região ou, para algo diferente, atravesse para Salé e almoce próximo à marina.
Tarde: Vá até a Chellah, a antiga cidade romana e necrópole merínida. Caminhe pelas ruínas, observe as cegonhas e aproveite o clima tranquilo do lugar.
Fim de tarde: Retorne ao centro e faça algo leve: uma visita a um café, ou quem sabe uma sessão curta de talassoterapia em um spa — uma boa forma de fechar o dia.

Roteiro de 3 dias: descobertas fora do óbvio

Com três dias, é possível mergulhar mais fundo na cidade e ainda incluir uma escapada para lugares pouco turísticos.

Dia 3:
Manhã: Visite o bairro de Yacoub Al Mansour para conhecer a arte urbana nos murais que vêm transformando a região.
Meio-dia: Almoce em algum restaurante local fora da rota turística — os moradores podem indicar boas opções com comida tradicional.
Tarde: Faça um bate-volta até os Jardins Exóticos de Bouknadel, a cerca de 10 km de Rabat. É um espaço de contemplação, ideal para relaxar e entrar em contato com a natureza. Outra opção é aproveitar a praia da cidade.
Fim de tarde: Se for terça-feira, você pode fechar o dia no Le Petit Beaulieu, curtindo uma sessão de jazz ao vivo — uma das experiências mais inesperadas e agradáveis da cidade.

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Praia de Rabat

Outras dicas do Marrocos

Gostou do nossas dicas sobre o que fazer em Rabat? Agora leia nosso texto sobre o que fazer em Marrakech e também sobre como é o tour ao Deserto do Saara no Marrocos.

Tour ao Deserto de Merzouga: como é conhecer o Saara no Marrocos

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Merzouga marrocos
Deserto de Erg Chebbi em Merzouga

Minha primeira vez no Saara foi no Egito — aquele clássico tour ao redor das pirâmides de Gizé, montado num camelo com cara de poucos amigos e um guia puxando as rédeas enquanto você tenta manter boas poses nas fotos. Foi divertido, mas breve. Uma daquelas experiências que deixam um gostinho de “quero mais”. Desde então, fiquei com a curiosidade de viver o Saara de verdade: passar a noite nas dunas, ver o céu estrelado sem nenhuma luz por perto, sentir a imensidão do deserto em silêncio.

Essa chance apareceu quando estive no Marrocos. Escolhi fazer o tão falado tour de três dias até o deserto de Merzouga, com início em Fez e fim em Marrakech — um roteiro que atravessa paisagens completamente diferentes: montanhas geladas, vilarejos berberes, palmeirais no meio do nada e, claro, as gigantescas dunas do Erg Chebbi. Já te adianto: foi o ponto alto da viagem. Teve camelo, sim, mas também teve acampamento confortável, chá de hortelã, tempestade de areia, música ao redor da fogueira e um céu tão estrelado que parecia coisa de outro mundo.

Neste texto, vou te contar como funciona esse tour: os tipos de passeio, as cidades de partida, os lugares onde se para pelo caminho, como é a noite no deserto e — o mais importante — tudo aquilo que ninguém te avisa, mas que você vai agradecer por saber. Bora descobrir o que o Saara marroquino tem de tão especial?

Onde fica Merzouga e como chegar

Se você olhar um mapa do Marrocos e descer o olhar em direção ao leste, quase na fronteira com a Argélia, vai encontrar Merzouga. Um vilarejo pequeno, seco, com aquele clima de “fim do mundo” — e é justamente isso que o torna especial. É ali, coladinho no deserto do Erg Chebbi, que as dunas começam a subir como ondas de areia dourada. Se o seu objetivo é ver o Saara como nos filmes, esse é o lugar.

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Mapa do Marrocos com os caminhos para Merzouga

Merzouga está longe?

Sim, está. Não dá pra negar. Mas a beleza do caminho compensa — e muito. Merzouga fica a cerca de 560 km de Marrakech (cerca de 9 horas de estrada) e 470 km de Fez (umas 7 horas, dependendo do humor da estrada e das paradas). Parece puxado? É porque é mesmo. Mas não é uma viagem que você faz por obrigação: o caminho entre essas cidades e o deserto é recheado de paisagens incríveis, vilarejos com casinhas de barro, palmeirais inesperados, vales profundos e montanhas que, dependendo da época do ano, ainda estão com os picos nevados.

No meu caso, o tour começou em Fez e terminou em Marrakech, e posso dizer que essa travessia foi uma das partes mais interessantes da experiência. Em um único dia, saímos de uma cidade que estava com clima ameno, passamos pela gelada e charmosa Ifrane (também conhecida como a “Suíça marroquina”, com telhadinhos europeus e até pistas de esqui no inverno) e, algumas horas depois, estávamos suando embaixo do sol escaldante de Merzouga. Prepare-se para um verdadeiro choque térmico!

Como chegar até Merzouga

Você pode até tentar ir por conta própria, de carro alugado, mas os tours organizados são, sem dúvida, a forma mais prática e confortável de fazer essa jornada — especialmente se você quer aproveitar o caminho e não se preocupar com logística.

As opções mais comuns são:

excursão Merzouga
Nossa van do primeiro dia do tour rumo a Merzouga

Também existe a opção de chegar até lá com ônibus da Supratours, que vai direto de algumas cidades grandes até Merzouga, mas aí você teria que organizar tudo por conta própria: transporte até as dunas, acampamento. Além de algumas rotas saírem ou chegarem de madrugada. Dá pra fazer, claro, mas o combo do tour facilita bastante, principalmente para quem quer otimizar o tempo ou está em uma primeira viagem ao Marrocos.

Em resumo? Chegar até Merzouga exige um certo esforço — mas ele já começa a fazer parte da aventura. Porque no fundo, atravessar o Marrocos e ver a paisagem mudando aos poucos é uma das grandes graças desse passeio.

Por que Merzouga é o melhor portal para o Saara?

Se você pesquisar sobre deserto no Marrocos, vai se deparar com alguns nomes: Agafay, Zagora, Chigaga… Mas se o seu sonho envolve dunas altíssimas, areia dourada e um pôr do sol de tirar o fôlego, o nome que você deve gravar é Merzouga.

Não é qualquer deserto: é o Erg Chebbi

Merzouga está na beira do Erg Chebbi, uma área de dunas gigantes que são tudo aquilo que você imagina quando pensa no Saara. Algumas chegam a 150 metros de altura! É diferente de outras regiões desérticas do Marrocos, como o Agafay (que fica pertinho de Marrakech), onde o terreno é rochoso e sem dunas — ou seja, tecnicamente um deserto, mas com cara de pedreira.

Já no Erg Chebbi, é areia por todos os lados. Daquelas que entram no tênis, no cabelo, na mochila… e que deixam as fotos com um ar épico. O visual realmente impressiona: as dunas mudam de cor ao longo do dia, ganham tons dourados, alaranjados e até avermelhados conforme o sol vai se movimentando.

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Deserto de Erg Chebbi com novo grupo de turistas chegando de camelo

Infraestrutura que respeita o viajante (e a cultura local)

Merzouga também é uma das regiões do Saara marroquino com melhor infraestrutura para turismo — e ainda assim sem perder o ar rústico e autêntico. Há acampamentos para todos os gostos e bolsos, desde os mais simples até os que oferecem camas confortáveis, banheiro privativo, jantar completo e alguns até possuem wi-fi (ok, wi-fi que às vezes funciona e às vezes finge que está ali só de enfeite).

acampamento deserto Merzouga marrocos
Acampamento no deserto de Merzouga que ficamos

Além disso, é uma região onde a cultura berbere é muito presente e viva. Os guias, camelôs, músicos e anfitriões dos acampamentos são, na maioria, descendentes de povos nômades que vivem há séculos na região. E isso faz toda a diferença. Eles não estão ali apenas oferecendo um serviço, mas te recebendo na casa deles — ou melhor, nas areias deles.

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Vila berbere, a frente vila antiga (abandonada) e ao fundo vila nova

Tipos de tour a Merzouga: 2, 3 ou 4 dias?

Agora que você já sabe por que Merzouga é o lugar ideal para realizar seu sonho desértico, vem a pergunta prática: quantos dias são necessários para viver essa experiência? A resposta depende do seu tempo, do seu orçamento e do seu grau de disposição para longas horas na estrada. Mas não se preocupe, vou te explicar as diferenças entre os principais tipos de tour disponíveis.

Tour de 2 dias e 1 noite – a versão expressa

Essa é a opção mais enxuta — e também a mais corrida. O roteiro costuma sair e voltar de Fez, com apenas uma noite no deserto. Curiosamente, o tempo efetivo nas dunas é praticamente o mesmo dos tours mais longos: você chega no fim da tarde, assiste ao pôr do sol, janta, dorme e vai embora depois do nascer do sol.

O problema está no resto do caminho. Como há pouco tempo disponível, as paradas nas atrações do trajeto são rápidas ou simplesmente cortadas. E como o deslocamento é longo, você passa a maior parte do tempo na estrada. Ou seja: é um tour para quem tem pouco tempo, mas ainda assim não quer deixar de viver a experiência no deserto.

Veja aqui mais sobre o tour de 2 dias saindo de Fez. Esse tour saindo de Marrakech não é muito comum, porque a cidade fica mais longe de Merzouga, entretanto há uma opção de tour de 2 dias saindo de Marrakech e chegando em Fez.

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Berbere arrumando os camelo para levar os turistas para o acampamento em Merzouga

Tour de 3 dias e 2 noites – o mais equilibrado

Esse foi o tour que eu escolhi — e, sinceramente, achei o formato ideal. Não à toa, é o mais popular entre os viajantes. Ele permite viver o melhor do deserto com tempo suficiente para aproveitar também os atrativos do caminho.

O roteiro varia um pouco dependendo de onde começa e termina, mas geralmente inclui paradas em lugares como as Gargantas do Todra, a Kasbah Aït Ben Haddou, a Kasbah Taourirt e, em alguns casos, o Atlas Studios, um estúdio de cinema onde foram filmadas produções como “Gladiador” e “Game of Thrones”.

O preço do tour costuma variar mais pelo tipo de acampamento escolhido do que pelo roteiro em si. Os acampamentos padrão (standard) têm tendas mais simples, muitas vezes sem banheiro privativo. Já os acampamentos de luxo oferecem tendas maiores, banheiro dentro do quarto, colchões mais confortáveis e refeições de melhor qualidade. Ou seja, a diferença é mais no conforto do que na essência da experiência. Mesmo assim, eu aconselho a pegar a versão luxo, caso você possa pagar, para ter uma tenda e um jantar melhor no deserto.

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O berbere que conduz os camelos faz fotos dos turistas

Tour 3 dias saindo e voltando por Marrakech

Essa é a versão mais procurada por quem se hospeda apenas em Marrakech. No primeiro dia, o grupo segue até Ouarzazate, com paradas pelo caminho, e passa a noite lá. No segundo dia, segue até Merzouga, onde acontece a tão esperada noite no deserto. Já o terceiro dia é o mais puxado: todo o trajeto de volta a Marrakech é feito de uma vez só.

Você encontra boas opções desse tour, muito bem avaliados, tanto pela Civitatis quanto pelo Get Your Guide.

Tour 3 dias de Marrakesh a Fez

Para quem está planejando se deslocar entre as cidades, esse tipo de tour resolve duas questões de uma vez: você vive a experiência do deserto e ainda se desloca para Fez (ou vice-versa), sem precisar encarar ônibus ou voos internos. Uma observação importante, é a possibilidade de achar voos internos no Marrocos com ótimos preços comprando com antecedência.

O trajeto é praticamente o mesmo do tour de ida e volta por Marrakech, com a diferença de que, no terceiro dia, em vez de retornar para o sul, você segue viagem para o norte, em direção a Fez.

Para esse tour você também encontra boas opções, bem avaliados, tanto pela Civitatis quanto pelo Get Your Guide.

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Pôr do sol no deserto Erg Chebbi em Merzouga

Tour 3 dias de Fez a Marrakech

Esse foi o meu roteiro, e aqui vai uma curiosidade: a noite no deserto acontece logo no primeiro dia. Isso tem seus prós e contras.

Por um lado, você já começa pela melhor parte — as dunas, o pôr do sol, o acampamento, a música berbere. Por outro, os dois dias seguintes parecem perder um pouco do brilho, já que o grande clímax veio logo no início. Ainda assim, achei que o roteiro teve um bom ritmo. Outro ponto positivo é que o primeiro dia concentra as horas mais longas de estrada — o que é ótimo, já que você ainda está animado. O terceiro dia, por sua vez, é o mais leve e com menos quilometragem.

Veja aqui valores do tour 3 dias de Fez a Marrakech.

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Estrada cheia de curvas pelo Atlas entre Marrakech e Ouarzazate

Tour de 4 dias e 3 noites – para quem quer mais

Existe também a opção de fazer o tour com quatro dias de duração. Em teoria, parece ótimo: mais tempo no deserto, mais experiências, mais calma. Na prática, é um roteiro que costuma ser apenas uma extensão do tour de 3 dias, com uma noite extra em um hotel de Merzouga — não no acampamento nas dunas.

Ou seja, a noite no deserto continua sendo apenas uma. O dia extra é aproveitado num hotel próximo das dunas, onde você pode descansar ou contratar atividades opcionais, como passeio de quadriciclo, caminhada guiada ou visita a vilarejos locais. Funciona bem para quem quer desacelerar, mas pode deixar a sensação de que o tour perdeu o ritmo. É importante alinhar expectativas: não espere duas noites sob as estrelas.

Pela internet você vai encontrar apenas o tour de 4 dias saindo e voltando de Marrakech.

Acampamento em Merzouga visto da estrada com deserto ao fundo
Acampamento em Merzouga visto da estrada

Paradas imperdíveis no caminho até o deserto

O tour até Merzouga não é só estrada e deserto. Pelo contrário! O caminho entre as grandes cidades do Marrocos e o Saara é recheado de paradas incríveis que, sozinhas, já valeriam a viagem. E são essas paradas que fazem o tour de 3 ou 4 dias ser muito mais interessante do que apenas um bate-volta apressado. A seguir, listei os principais pontos por onde a maioria dos roteiros passa — e que fizeram parte do meu também.

Ifrane – A Suíça marroquina

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Ifrane, a Suíça do Marrocos chega a nevar no inverno – Foto: Wikipédia (CC BY)

Sim, o Marrocos tem sua própria “Suíça” — ela não chega a surpreender, mas não deixa de ser bonitinha. Ifrane é uma cidade de montanha, limpa, organizada e com arquitetura completamente diferente do resto do país. Casinhas com telhado inclinado, ruas arborizadas e até pistas de esqui no inverno! Parece que você saiu do Marrocos e foi parar nos Alpes.

Essa parada é apenas para quem começa ou termina o tour em Fez. Quando passamos por lá estava bem frio (foi o início do tour), o que já deu contraste imediato com o calor que encontramos no deserto no fim do dia. Prepare a jaqueta!

Floresta de cedros e macacos no caminho

Floresta macacos marrocos
Os macacos já estão acostumados a lidar com humanos

Próximo de Ifrane, muitos tours param em uma área de floresta de cedros, onde vivem macacos selvagens — mas bem acostumados com turistas. É aquele tipo de parada rápida para esticar as pernas, tirar fotos e, com sorte, ver os macacos bem de perto (e torcer para que eles não roubem nada da sua bolsa).

Ali também costuma ter moradores locais oferecendo amendoins ainda na casca para você alimentar os macacos. Eles não cobram diretamente, mas pedem uma gorjeta, por isso é importante ter dinheiro trocado.

Vale do Ziz – Verde no meio do nada

Vila berbere marrocos
Oásis com floresta de tâmaras na região desértica do sul do Marrocos

Ao longo do trajeto, cruzamos um dos palmeirais mais bonitos do país: o Vale do Ziz. São milhares de palmeiras enfileiradas ao longo de um rio, contrastando com as montanhas áridas ao redor.

Gargantas do Todra – O cânion cinematográfico

Gargantas do Todra
Cânion da Gargantas do Todra

No segundo dia do tour (pelo menos no meu roteiro), fizemos uma parada nas Gargantas do Todra. É um cânion com paredes verticais que chegam a mais de 150 metros de altura, com um riacho passando no meio e casinhas de barro nas redondezas. O lugar não tem nada de muito impressionante, mas vale para uma caminhada curta no meio do trajeto.

Kasbah Taourirt – História e barro em Ouarzazate

Kasbah Taourirt
Kasbah Taourirt em Ouarzazate

Essa é uma parada em Ouarzazate, cidade que serve de base para muitas produções de cinema. A Kasbah Taourirt é uma antiga fortaleza de barro e palha que já foi residência de um dos líderes tribais mais poderosos do sul do Marrocos. A arquitetura é linda e cheia de passagens internas e pátios, com detalhes que mostram o estilo tradicional da construção berbere.

No meu tour, infelizmente, não tivemos tempo de entrar — a parada foi apenas para fotos do lado de fora — mas confesso que fiquei com vontade.

Atlas Studios – O Marrocos no cinema

Atlas Studios
Cenário de templo egípcio no Atlas Studios

Quem gosta de cinema pode se divertir com essa parada: o Atlas Studios, um dos maiores estúdios de filmagem a céu aberto do mundo. Já foram gravados ali filmes como Gladiador, A Múmia, Babel e até cenas de Game of Thrones.

A visita guiada leva cerca de 40 minutos e mostra sets de filmagem gigantes, que recriam cenários antigos como templos egípcios, palácios chineses e cidades bíblicas. Nem todos os tours param nesse ponto, já escutei relatos de que o motorista diz que não tem tempo, então corta essa parada.

Kasbah Aït Ben Haddou – A estrela do roteiro

Kasbah Ait Ben Haddou
Kasbah Ait Ben Haddou onde foi gravado vários filmes e séries

Deixei a mais famosa para o final. A Kasbah Aït Ben Haddou é Patrimônio Mundial da UNESCO e cenário de dezenas de filmes. É, sem dúvida, uma das paradas mais bonitas e fotogênicas do tour. A fortaleza de barro fica num vale, com pequenas escadarias e ruas estreitas que levam até o topo, de onde se tem uma vista panorâmica incrível.

Você provavelmente já viu essa paisagem em algum lugar — mesmo que não lembre. É lá que foram filmadas cenas de Game of Thrones (a cidade de Yunkai), O Gladiador, Príncipe da Pérsia e tantos outros. A subida é fácil e passando pelos becos e lojas, você nem percebe o esforço.

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caminho para Kasbah Ait Ben Haddou

Curiosamente, a kasbah é muito mais impressionante vista de fora — com aquele visual monumental que parece moldado à mão pelo tempo — do que por dentro, onde boa parte das construções está vazia ou com lojas muito coloridas que não combinam com o cenário. Ainda assim, não há quem resista a entrar, explorar os becos e imaginar como era a vida ali séculos atrás.

Essas são, em geral, as principais paradas dos tours para Merzouga. Algumas empresas mudam a ordem ou o tempo em cada lugar, mas o roteiro costuma seguir esse padrão. E acredite: essas pausas no caminho não são só quebra de viagem — são parte essencial da experiência. Afinal, no Marrocos, a jornada é tão rica quanto o destino.

A noite no deserto: mais do que mil estrelas

A grande estrela do tour para Merzouga, sem trocadilhos, é passar a noite no meio do Saara. E acredite: por mais que você leia relatos, veja fotos ou vídeos, nada prepara totalmente para a experiência de estar ali, no silêncio das dunas, com o céu mais estrelado que você provavelmente já viu na vida.

No meu caso, a noite no deserto aconteceu logo no primeiro dia do tour, então tudo ainda era novidade — o calor, os camelos, o vento, o cenário alaranjado… e até a logística inusitada.

A chegada: camelos, lenços e boas-vindas

Antes mesmo de subir no camelo, o grupo parou numa área nos arredores de Merzouga, onde várias vans de diferentes agências que estão indo para o mesmo acampamento se encontraram. A espera foi até todo mundo chegar, já que as caravanas saem juntas. Cada berbere guia um pequeno grupo de camelos, geralmente entre 4 a 6.

Ali, os guias ajudam a amarrar os lenços na cabeça dos turistas, um verdadeiro ritual. Se você não comprou o seu lenço, a van pára em uma loja “estrategicamente isolada”, antes de chegar em Merzouga — com preços bem mais altos. Dica de ouro? Compre seu lenço em Fez ou Marrakech, onde é mais barato e há mais opções. No meu caso, levei um lenço beduíno, que comprei no Egito ou Jordânia que era mais grosso e menor que os tradicionais berberes. Os guias até tentaram improvisar, mas não era o ideal.

tour Merzouga
Panos enrolados no rosto para o trajeto de camelo no deserto

Primeiro ele levanta as patas traseiras, o que te joga pra frente; depois levanta as dianteiras, e você é jogado pra trás. É um verdadeiro tranco em duas etapas, como se estivesse em um simulador de montanha-russa movido a camelo. Mas depois que ele se estabiliza. Só que tem um detalhe que ninguém costuma contar: quem não está acostumado a andar a cavalo sente — e como sente — o impacto de ficar quase uma hora sobre um camelo. No nosso caso, as nádegas e as virilhas ficaram doendo no final do trajeto. O ritmo do animal vai batendo, literalmente, e o corpo vai sentindo.

O trajeto durou cerca de 50 minutos, com uma parada no alto de uma duna para ver o pôr do sol e tirar fotos. Esse é o melhor momento para fotografar no deserto, quando a luz do fim da tarde transforma a paisagem: as dunas ficam com um tom alaranjado vibrante lindo.

Erg Chebbi
No final do dia as dunas ganham um tom alaranjado muito bonito
saara marrocos

Como você não estará com a mala nem com a mochila nesse momento — elas vão de carro até o acampamento — já vá vestido com a roupa que quer usar nas fotos. Não é frescura: com aquele cenário surreal ao fundo, vale caprichar. Cores como branco e vermelho contrastam lindamente com o dourado da areia e deixam as fotos ainda mais impactantes. Essa é a hora mágica do deserto — e da sua galeria de viagem.

O acampamento: conforto no meio do nada

Os acampamentos em que ficamos estava localizado em uma área de solo mais firme e pedregoso, fora das dunas altas. Para minha surpresa, havia vários acampamentos lado a lado, uma espécie de “bairro desértico” de tendas. Os acampamentos não ficam tão ao meio do deserto, mas é em uma parte que não se vê a cidade.

Ao chegar, fomos recebidos com chá de hortelã e amendoins — já um ritual marroquino de boas-vindas. Mas nem tudo saiu como o esperado: havia mais pessoas do que tendas disponíveis, e eles foram olhando para a cara das pessoas e escolhendo onde cada um iria ficar. Dois casais teriam que ser realocados para o acampamento vizinho. E adivinha quem ia ser um deles? Sim, nós. Eles perguntaram se estava ok e nós falamos que não, reclamamos do critério parcial e expliquei que era jornalista e que estava ali para escrever sobre a viagem… e pronto: nos colocaram em uma tenda dentro do acampamento principal.

tenda deserto Erg Chebbi
Acampamento ao entardecer

Mas essa situação também me mostrou como é importante ter cuidado ao escolher onde reservar os passeios. A minha reserva foi feita em uma pequena agência de turismo já no Marrocos, e acredito que, se tivesse feito por uma plataforma reconhecida na internet, a chance disso acontecer seria menor.

Por isso, recomendo reservar com antecedência por sites confiáveis, como a Civitatis ou a Get Your Guide. Ambas as plataformas têm tours bem avaliados para Merzouga, e o ideal é sempre olhar as notas e os comentários antes de fechar. Assim, você viaja com mais segurança e evita imprevistos como esse.

Voltando a falar do acampamento, a tenda era bastante confortável: espaçosa, com camas para quatro pessoas, banheiro privativo com vaso sanitário, pia e até chuveiro. O piso era cimentado e as paredes eram feitas de tecido reforçado com tramas vegetais, como se fosse um bambu entrelaçado. Tinha toalhas, amenidades e, apesar da areia inevitável que entra com o vento, tudo parecia limpo e bem cuidado.

tenda deserto Merzouga
A tenda no deserto “estilo luxo” é espaçosa e confortável
tour 2 dias Merzouga
Banheiro da tenda, com vaso, pia e chuveiro

O jantar e a música: uma noite para lembrar

O jantar foi servido no estilo buffet, com várias opções: tajine de frango, tajine de kafta, batatas cozidas, lentilhas, macarrão, salada e frutas frescas (melancia e melão) de sobremesa. A água estava incluída, mas as outras bebidas eram cobradas à parte. As mesas eram grandes e compartilhadas, o que cria um clima de socialização entre os viajantes.

Depois do jantar, começou a apresentação musical. Sete berberes tocaram instrumentos de percussão, cantando músicas tradicionais ao redor de uma fogueira. A energia da apresentação foi contagiante, e logo começaram a chamar os turistas para dançar. A música durou uns 20 a 30 minutos, e depois disso eles deixaram os instrumentos disponíveis para quem quisesse experimentar.

noite no deserto marrocos
Apresentação musical berbere no acampamento

A tempestade de areia: nem tudo são estrelas

Quando estávamos voltando para a nossa tenda, a noite ganhou um tom épico — e um pouco tenso: começou uma tempestade de areia. O vento ficou forte, os grãos batiam no rosto e nos olhos, e chegar até a tenda foi uma verdadeira missão. Tivemos que tapar os olhos e lutar contra o vento para conseguir caminhar. Abrir a porta já foi difícil, mas fechar foi ainda pior. Eu e minha esposa tivemos que segurar juntos para conseguir puxar a porta para o ponto onde ela seria fechada. E mesmo com tudo bem fechado, a areia entrou. E o barulho também: os panos batendo, as paredes trançadas rangendo com o vento. Resultado? Não conseguimos dormir. E não fomos os únicos: uma espanhola comentou no café da manhã que passou a noite em claro com medo da tenda voar. rsrsrs

Amanhecer no deserto: frio, beleza e dor na bunda

Às 6h da manhã, foi servido o café da manhã — muito melhor do que o de vários hotéis por onde passamos. O destaque vai para o omelete berbere, feito com molho de tomate e muito sabor. Café, chá, pães, manteiga, geleia e frutas completavam a refeição.

Logo depois, subimos uma pequena duna ao lado da tenda restaurante para assistir ao nascer do sol. A luz subindo lentamente e pintando a areia de dourado é legal. Mas confesso: o pôr do sol me impressionou bem mais. Talvez porque naquele momento estávamos no meio das dunas, em um cenário muito mais cinematográfico, com aquele visual ondulado a perder de vista. A luz da tarde também é mais quente, intensa, e deixa tudo com aquele tom alaranjado típico do Saara que a gente sonha em ver.

passeio deserto marrocos
Na hora do sol nascer é muito frio no deserto, diferente do pôr do sol que ainda é quente

Um detalhe importante é com relação a temperatura, de manhã estava bastante frio. No final da tarde e começo da noite não estava frio, mas de madrugada e no começo da manhã fazem frio no deserto.

A volta ao ponto de partida também foi feita de camelo, sem paradas. E aqui entra um detalhe: depois da cavalgada da véspera, a bunda dói. Havia a opção de ir ou de voltar de carro por €10 euros por pessoa (2025), mas preferimos encarar o caminho no estilo tradicional como todo mundo fez. Também era possível fazer o trajeto de quadriciclo por €40 euros (uma pessoa) ou 60 (duas). Mas como estava muito frio, só quem já tinha reservado com antecedência teve coragem.

tour 3 dias Merzouga
Na ida no camelo camisa e bermuda, na volta jaqueta com capuz devido ao frio

Check-list final: o que levar na mala de mão do deserto

Uma das coisas que você precisa ter em mente é que, ao chegar em Merzouga, as malas grandes normalmente ficam na van ou em algum hotel base da agência — e só uma mochila ou bolsa pequena vai com você até o acampamento nas dunas. No meu caso, todas as malas foram levadas de carro até o acampamento, o que foi ótimo, mas essa não é a regra, então é melhor se preparar como se fosse passar uma noite com o mínimo necessário.

Aqui vai um checklist do que não pode faltar:

Roupas e acessórios

  • Roupas leves e respiráveis para usar durante o dia (lembrando que o calor é seco)
  • Casaco ou jaqueta corta-vento para o início da manhã e a madrugada (mesmo no verão, esfria de madrugada!)
  • Segunda pele térmica (blusa e calça) – principalmente útil nos meses mais frios ou para quem sente mais frio. À noite, a temperatura pode cair bastante, e a segunda pele ajuda a manter o calor do corpo
  • Lenço berbere (cheche) ou outro para proteger a cabeça e o rosto do sol e da areia — já compre antes, se possível
  • Óculos de sol
  • Chapéu ou boné (se não for usar o lenço)
  • Roupa “boa” para fotos ao pôr do sol – pense nas cores: branco, vermelho e tons terrosos ficam boas nas dunas, sendo que a melhor é o branco. É a cor que você mais vai ver no Instagram.
  • Calçado fechado e confortável (nada de chinelo no deserto!)
  • Uma troca de roupa para dormir (especialmente se for inverno)

Itens de higiene e proteção

  • Protetor solar e hidratante labial
  • Escova e pasta de dente

Equipamentos e eletrônicos

  • Lanterna de cabeça ou de mão – ajuda MUITO à noite no acampamento
  • Carregador portátil (power bank) – o acampamento pode não ter tomada disponível em todas as tendas
  • Celular/câmera carregado

Extras importantes

  • Dinheiro em espécie (dirhams) – para gorjetas, bebidas extras e eventuais passeios
  • Passaporte (ou uma cópia) – é bom ter com você, mesmo que ninguém peça
  • Remédios básicos (para dor de cabeça, enjoo ou dor muscular pós-camelo)

Dica bônus: se tiver espaço, leve um lenço ou toalhinha dobrada para usar como “almofada” no camelo. A sela é mais dura do que parece e, se o trajeto for longo, você vai agradecer esse cuidado com suas nádegas.

Seguro Viagem

E aproveitando o embalo, aí vai mais uma dica essencial: contrate um seguro viagem. Pode parecer um detalhe dispensável, mas não é. Imprevistos acontecem — seja durante o tour no deserto, nas cidades, no deslocamento entre regiões ou até com sua bagagem. Com o seguro, você viaja muito mais tranquilo, sabendo que terá assistência médica, reembolso e apoio em situações inesperadas. E o melhor: o custo é baixo perto do gasto total da viagem e do benefício e da paz de espírito que oferece. Faça uma cotação.

O que fazer em Marrakech: Dicas para se encantar (e sobreviver) à cidade mais intensa do Marrocos

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O que fazer em marrakech
Foto: JR Harris - Unsplash

Tem lugares no mundo que a gente entende logo de cara. Marrakech, no entanto, não é um desses. A cidade marroquina é daquelas que nos recebem com um tapa na cara — não de violência, claro, mas de sensações. Barulho, cheiros, cores, calor, gente falando alto, motos passando por vielas que mal cabem um carrinho de feira… tudo ao mesmo tempo agora.

E é justamente esse caos orquestrado que faz de Marrakech um destino tão marcante. É como se a cidade dissesse: “Esqueça tudo o que você conhece sobre organização e venha viver uma experiência sensorial completa”. A boa notícia? Depois do susto inicial, a gente começa a perceber a beleza no meio da bagunça. E quando percebe… já era! Você está completamente envolvido.

É difícil não se encantar com uma cidade onde o passado e o presente andam lado a lado — às vezes se trombam, brigam, mas seguem juntos. Palácios centenários dividem espaço com cafés moderninhos; mercados tradicionais convivem com lojas conceituais. Marrakech é contraditória e cativante. Uma cidade que exige entrega, jogo de cintura e disposição para o novo.

marraquexe pontos turísticos
Madraça Ben Youssef

Então, se você está planejando uma viagem ao Marrocos e quer saber o que fazer em Marrakech, vem comigo. Neste guia, vou te mostrar as atrações imperdíveis, os segredos bem guardados e também aquelas dicas práticas que ninguém te conta — mas que fazem toda a diferença. Afinal, Marrakech não é um lugar para se visitar, é um lugar para se viver. E, quem sabe, se apaixonar (mesmo que de forma meio turbulenta).

O que fazer em Marrakech?

Marrakech é uma cidade que mistura tradição e caos com uma intensidade única, e montar um roteiro por lá é equilibrar experiências sensoriais, históricas e culturais. Entre perder-se nas ruelas da medina, visitar palácios suntuosos, descansar em jardins escondidos e provar sabores exóticos, não faltam atividades para ocupar bem seus dias. A seguir, compartilho as principais atrações da cidade — e também dicas práticas, baseadas na minha própria experiência, para você aproveitar ao máximo tudo o que Marrakech tem a oferecer.

Marrakech ou Marraquexe?

Se você está em dúvida sobre a grafia correta, saiba que as duas formas estão certas. Marrakech é a forma internacional, usada em francês e inglês — e acabou se popularizando também entre os viajantes. Já Marraquexe é a versão oficial em português, reconhecida pelos dicionários e usada em contextos mais formais. No entanto, mesmo em textos escritos em português, é muito mais comum encontrar a grafia Marrakech, especialmente em blogs de viagem, roteiros turísticos e redes sociais.

Se perder na Medina (e gostar disso)

Imagine um labirinto sem Minotauro, mas cheio de vendedores chamando você em cinco idiomas, motos buzinando e ruas que mais parecem vielas de filme medieval. Essa é a Medina de Marrakech, o coração pulsante da cidade — e talvez o lugar onde você vai mais se perder… e se divertir com isso.

marrakech o que fazer
Os abajures chamam atenção na Medina

A Medina é a parte antiga da cidade, cercada por muralhas, fundada no século 11. São dezenas de ruazinhas estreitas que se entrelaçam como um novelo, e embora pareçam não seguir lógica nenhuma, elas escondem preciosidades. Mas aqui vai um alívio para quem, como eu, não gosta de se sentir desorientado: o GPS até que se sai bem em Marrakech. Ele pode se confundir em alguns trechos mais apertados, principalmente nos becos menos movimentados, mas no geral, ele costuma funcionar direitinho e te salva de dar voltas desnecessárias. Bem diferente da medina de Fez, onde o GPS praticamente entra em colapso e você tem que contar com a sorte.

Entre as ruelas da medina de Marrakech, a gente encontra de tudo: lojinhas turísticas vendendo lanternas, tapetes e pufes de couro, mas também áreas de produção artesanal com trabalho em couro, metal, madeira e tecidos — tudo feito ali mesmo, na sua frente. E engana-se quem pensa que é um espaço só para turistas: os próprios moradores fazem compras por lá. Dá pra ver barracas de frutas, legumes, açougues (com cabeças de carneiro expostas!), lojas de roupas, tênis “Nike” duvidosos e até eletrônicos. Essa mistura entre o exótico e o cotidiano é o que dá personalidade à medina: um lugar onde se compra desde temperos raros até sabão em pó — tudo no mesmo corredor.

Minha dica? Vá com tempo e sem pressa. Não adianta montar um roteiro super engessado na Medina. O melhor é explorar com o espírito aberto, aceitar os desvios e deixar que a cidade te mostre o caminho — mesmo que ele dê voltas antes de te levar a algum lugar. E uma dica de ouro para se deslocar com mais segurança: nunca ande no meio da rua. Apesar de teoricamente as vielas da medina serem exclusivas para pedestres, na prática há um fluxo constante (e muitas vezes caótico) de motos, que passam em alta velocidade e surgem do nada. Ande sempre pelo cantinho, quase encostado nas paredes — é chato, sim, mas é a melhor forma de evitar sustos.

Medina Marrakech
Carros não são comuns na Medina, mas motos circulam o tempo todo

E se bater o cansaço, pare em um terraço, peça um chá de menta com muito açúcar e observe o caos lá de cima. Marrakech vista do alto é como uma coreografia caótica… mas hipnotizante.

Onde se hospedar em Marrakech: entre o caos da medina e o conforto do riad

Escolher onde ficar em Marrakech é quase tão importante quanto decidir o que visitar. A cidade é intensa, barulhenta e cheia de contrastes — por isso, o lugar onde você vai descansar depois de um dia de caminhada faz toda a diferença na experiência. E, para começar, vale entender que Marrakech é dividida, basicamente, em duas grandes áreas: a Medina (a cidade antiga, cercada por muralhas) e a Ville Nouvelle (a cidade nova, moderna e mais organizada).

Medina

marraquexe
Na Medina, algumas vias são mais desertas

Se você quer viver Marrakech como ela realmente é — com cheiros, sons e surpresas a cada esquina — a medina é o seu lugar. É ali que estão os famosos riads, que são construções tradicionais marroquinas com pátio interno, geralmente cheios de plantas, fontes e azulejos coloridos. Do lado de fora, eles parecem casas simples em ruas estreitas. Mas basta atravessar a porta para encontrar um verdadeiro oásis de tranquilidade, longe do caos das ruas.

Os riads são, ao mesmo tempo, hospedagem e experiência. Muitos têm poucos quartos, o que garante um atendimento mais personalizado, além de bons cafés da manhã servidos no terraço ou no pátio. Se puder, escolha um com piscina ou hamman — faz toda a diferença depois de um dia caminhando sob o sol marroquino.

Abaixo, deixo algumas sugestões de hospedagem para diferentes bolsos na parte histórica:

🟢 Hotéis Econômicos:

Riad N10

Esse riad com quartos compactos possui ótimos valores e tem sua principal vantagem a proximidade com a Praça Jemaa el-Fna. Veja fotos e valores de diárias.

Riad M’boja “Chez Ali Baba”

Riad com decoração tradicional, ele possui diferentes tipos de quartos e boa avaliação. Veja fotos e valores de diárias.

🟡 Hotéis Intermediários

Riad Anais

Esse foi o Riad que me hospedei, os quartos são confortáveis e espaçosos e o atendimento foi incrível. Veja fotos e valores de diárias.

Riad De Vinci & Spa

Com spa interno, decoração tradicional e terraço com piscina, é uma ótima escolha para quem quer opção com lazer. Veja fotos e valores de diárias.

🔴 Hotéis Sofisticados

Riad Magie Boutique Hotel

Esse Riad se diferencia dos demais por ter uma decoração moderna, além de contar com piscina no terraço. Veja fotos e valores de diárias.

Pure House Marrakech

Uma mistura de tradição com modernidade, essa pousada é muito charmosa e bonita e conta com piscina. Veja fotos e valores de diárias.

Ville Nouvelle

marrakech marrocos
O bairro de Guéliz na parte nova da cidade – Foto: Google Maps

Se você prefere uma área mais moderna, com ruas largas, supermercados, restaurantes internacionais e hotéis mais convencionais, talvez a Ville Nouvelle seja a melhor escolha. Bairros como Guéliz e Hivernage são os mais conhecidos, com boas opções de hospedagem, incluindo grandes redes internacionais. Lá, você escapa do barulho da medina — e também da magia caótica dela. Tudo depende do seu estilo.

Abaixo, deixo algumas sugestões de hospedagem na Ville Nouvelle:

🟢 Econômico:

Hotel Toulousain – localizado em Gueliz, o hotel possui piscina e restaurante. Veja fotos e valores de diárias.

🟡 Intermediário:

Stars Hotel & Spa – com duas piscinas, uma aberta e outra coberta, o hotel conta com spa e bom café da manhã. Veja fotos e valores de diárias.

🔴 Luxo:

Dar Rhizlane, Palais Table d’hôtes & SPA – para quem busca luxo e sofisticação e quer ficar, relativamente próximo da medina, o Dar Rhizlane é uma ótima opção. Veja fotos e valores de diárias.

Jemaa el-Fna: o teatro ao ar livre mais insano do mundo

Se Marrakech tivesse um coração — daqueles que batem alto e sem descanso — ele se chamaria Jemaa el-Fna. Essa é a praça central da cidade, o ponto de encontro de tudo e todos. E não é exagero: a Jemaa el-Fna é patrimônio oral e imaterial da humanidade pela Unesco, justamente porque ali pulsa uma tradição viva, transmitida de geração em geração, que desafia o tempo e a lógica turística.

Jemaa el-Fna
Praça Jemaa el-Fna ao entardecer

Durante o dia, a praça é uma mistura de curiosidade e estranheza. Cobras, sim, cobras mesmo — com “encantadores” que tocam flautas e tentam convencer você a tirar uma foto com elas (cuidado: isso pode custar mais do que parece!). Tem também macacos com coleiras, que são usados por alguns para entretenimento — o que, sinceramente, dá bastante dó. Além disso, ambulantes oferecem de tudo: água, chapéus e desenhos de henna nas mãos, muito comuns no marrocos.

Mas é quando o sol começa a se esconder que a Jemaa el-Fna se transforma. A partir do fim da tarde, a praça ganha vida de verdade. Aparecem grupos musicais tocando instrumentos tradicionais, contadores de histórias, artistas de rua, cartomantes… É uma espécie de teatro coletivo a céu aberto. O curioso é que os grupos musicais ficam muito próximos, um dos outros, fazendo com que a música até se misture.

Enquanto de dia o que mais chama atenção na Jemaa el-Fna são as barracas de suco, à noite é a vez das barraquinhas de comida dominarem a cena. São dezenas de vendedores lado a lado, servindo suco de laranja fresquinho por preços tentadores, e mais tarde, pratos típicos como espetinhos, tajines, harira (sopa), cabeça de carneiro e até caracóis cozidos (!). A fumacinha subindo, o cheiro das especiarias e a movimentação constante dão à praça um clima vibrante e quase hipnótico. Mas, como o Marrocos é um país que ainda enfrenta problemas com higiene, eu optei por não me arriscar a comer ali, apesar de algumas comidas parecerem bem apetitosas.

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Tendas de suco na praça Jemaa el-Fna

Uma dica que faz toda a diferença: suba ao terraço de um dos cafés ao redor da praça. De lá de cima, a vista é espetacular. Você vê a movimentação frenética das pessoas, ouve os sons misturados dos músicos e das vozes, e ainda consegue dar uma pausa no meio do caos com um chá de menta ou um café com especiarias.

Palácios, Túmulos e Madraças: mergulho na arte e na história de Marrakech

Marrakech pode ser caótica e barulhenta do lado de fora, mas por trás de muros discretos e portões de madeira entalhada, esconde-se um outro universo — sereno, detalhado e artisticamente deslumbrante. A cidade guarda verdadeiras joias da arquitetura islâmica e da história marroquina, em palácios, túmulos e antigas escolas religiosas que impressionam tanto pela grandiosidade quanto pelo refinamento dos detalhes. Visitar esses espaços é mergulhar em séculos de cultura, arte e poder, e entender como Marrakech foi, por muito tempo, um dos centros mais importantes do mundo islâmico no norte da África.

Palácio da Bahia

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Palácio Bahia possui detalhes que chamam a atenção

O palácio mais visitados é o Palácio da Bahia, construído no século XIX e que impressiona pelos pátios amplos, mosaicos coloridos e tetos de madeira entalhada. Dá para passar bastante tempo admirando os detalhes, imaginando como era a vida da elite marroquina em tempos passados. Por ser tão popular, o palácio costuma ficar bem cheio, especialmente entre o fim da manhã e o início da tarde, então vale a pena tentar chegar cedo — assim você aprecia com mais calma (e com menos gente na frente da sua câmera).

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Palácio Bahia é um das atrações mais visitadas de Marraquexe

Palácio El Badi

Palácio El Badi
Palácio El Badi

Já o Palácio El Badi é o oposto: está em ruínas, passando por reformas e não é muito visitado, mas carrega grande imponência. Caminhar entre seus muros altos e imaginar como ele foi grandioso é um exercício de imaginação.

Túmulos Saadianos

Túmulos Saadianos marraquexe
Os Túmulos Saadianos não são uma atração muito visitada

E não dá para deixar de fora os Túmulos Saadianos, uma joia escondida atrás de muros altos que, por séculos, ficou esquecida. Redescobertos apenas no início do século XX, os túmulos abrigam os restos mortais da dinastia Saadiana, que governou o Marrocos no século XVI. O lugar impressiona pela riqueza dos detalhes — colunas de mármore e mosaicos zellige. É uma visita curta, mas muito impactante, tanto pela beleza quanto pela atmosfera solene do espaço.

Madraça Ben Youssef

Madraça Ben Youssef
Madraça Ben Youssef no começo da manhã, enquanto as multidões ainda não chegaram

Outro lugar que merece destaque é a Madraça Ben Youssef, uma antiga escola corânica que é, sem exagero, um dos lugares mais bonitos de Marrakech. O prédio, que passou por uma restauração recente, é uma verdadeira obra-prima da arquitetura islâmica: pátio central com espelho d’água, paredes revestidas de estuques e azulejos geométricos, e salas que mostram como era a vida dos estudantes que ali viviam e estudavam o Alcorão.

Caminhar por seus corredores é como entrar em um templo da estética — cada detalhe parece ter sido pensado para inspirar. Assim como o Palácio da Bahia, a madraça costuma ficar bem cheia, então a dica é a mesma: chegue cedo, logo na abertura, ou deixe para o final do dia, quando o movimento diminui e a luz do sol desenha sombras lindas sobre os arcos e mosaicos.

Museus de Marrakech: arte, história e fotografia entre pátios e azulejos

Além dos palácios e madraças, Marrakech também abriga museus que ajudam a entender melhor a cultura marroquina sob diferentes perspectivas — seja pela arte tradicional, pela música ou pela fotografia. Eles não costumam ser grandes, mas cada um tem seu charme e oferece uma pausa interessante no roteiro pela cidade.

Museu de Marrakech

Museu de Marrakech
Museu de Marrakech vale a visita

O Museu de Marrakech, instalado em um antigo palácio restaurado, é uma boa porta de entrada. Sua arquitetura é o grande destaque: um pátio central lindíssimo, com uma fonte, lustres gigantes e detalhes em zellige que rendem ótimas fotos. O acervo mistura arte tradicional marroquina com peças contemporâneas e exposições temporárias. Vale a visita, especialmente se você já estiver explorando a região próxima à madraça Ben Youssef.

Casa da Fotografia de Marrakech

Casa da Fotografia de Marrakech
Casa da Fotografia de Marrakech

Já a Casa da Fotografia de Marrakech é um museu mais voltado para quem tem interesse específico na arte fotográfica. O espaço é pequeno, distribuído em três andares, e abriga uma coleção de imagens históricas que retratam o Marrocos da primeira metade do século XX.

Eu gostei bastante da visita — mas confesso que isso tem muito a ver com o fato de eu ser fotógrafo. Para quem curte história visual e tem curiosidade em ver o país retratado por lentes antigas, é uma parada bem interessante. No terraço, ainda há um café com vista para os telhados da medina.

Museu da Música

Museu da Música marrakech
Museu da Música possui instrumentos típicos da África

Com o mesmo ingresso da Casa da Fotografia, você pode visitar também o Museu da Música. Apesar de pequeno, o museu é muito bem montado e me surpreendeu. Ele exibe instrumentos musicais típicos africanos, não apenas do Marrocos, e apresenta representações visuais e sonoras das tradições musicais do continente. É uma visita curta, mas enriquecedora, principalmente para quem gosta de música e quer conhecer um pouco mais da diversidade cultural africana além do que se ouve nas ruas.

Jardins e respiros: Majorelle, Menara e outras pausas verdes

Depois de algumas horas caminhando na medina, com buzinas estourando nos ouvidos, vendedores disputando sua atenção e uma avalanche de estímulos visuais e sonoros, uma coisa fica clara: Marrakech exige pausas estratégicas. E felizmente, a cidade oferece alguns oásis perfeitos para isso — lugares onde o tempo desacelera, o barulho desaparece e o verde toma conta. São os jardins, espaços que funcionam quase como válvulas de escape dentro do ritmo alucinante da cidade.

Jardim Majorelle

Jardim Majorelle
Jardim Majorelle é a parte mais colorida e instagramável da cidade

O mais famoso de todos é o Jardim Majorelle, um verdadeiro refúgio botânico que parece saído de um quadro. Criado pelo pintor francês Jacques Majorelle e mais tarde comprado e restaurado por Yves Saint Laurent, o espaço mistura plantas exóticas de diferentes continentes com cores vibrantes, especialmente o azul intenso que virou marca registrada do lugar. Caminhar por ali é uma experiência sensorial: o som da água correndo, o contraste das cores, o frescor na sombra das palmeiras… Tudo convida à contemplação.

Não por acaso, esse é também o lugar mais instagramável de Marrakech, é um prato cheio para quem gosta de fotografia. O jardim é bem concorrido e há limite de entrada por turno (de 30 minutos), por isso é indicado comprar ingresso com antecedência, acesse o site oficial.

Jardim Menara

Jardim Menara marraquexe
Jardim Menara – Foto: Wikipedia

Já o Jardim Menara oferece uma experiência bem diferente. Aqui, o cenário é mais amplo e silencioso, com um grande espelho d’água rodeado por oliveiras centenárias e, ao fundo, a vista das montanhas do Atlas (em dias claros, o visual é espetacular). É um lugar menos turístico e mais frequentado por moradores locais.

Jardim Secreto

Le Jardin Secret
Jardim Secreto – Foto: divulgação

Outro espaço turístico — e bem mais central — é o Jardim Secreto (Le Jardin Secret), escondido no meio da medina, a poucos minutos da Jemaa el-Fna. Apesar do nome, ele está longe de ser apenas um segredo turístico: o jardim é uma reconstrução belíssima de um antigo palácio do século XIX, com áreas verdes bem cuidadas, fontes, arquitetura islâmica refinada e um minarete que pode ser visitado com vista panorâmica da cidade.

Sabores de Marrakech: tajines, couscous e um chá à moda berbere

Viajar pelo Marrocos é também uma aventura para o paladar — uma chance de explorar sabores intensos, combinações inusitadas e aromas que nos acompanham mesmo depois da refeição. A culinária marroquina é rica, perfumada, cheia de especiarias… e, diferente do que muitos pensam, não é tão barata assim. Em comparação com países vizinhos — ou até mesmo com o Brasil —, comer em Marrakech pode sair caro. Falo por experiência própria: na minha primeira visita ao Marrocos, tudo parecia incrivelmente acessível, inclusive a comida. Já desta vez, tive a sensação de que os preços — tanto da alimentação quanto da hospedagem — estavam inflacionados, especialmente na área turística da cidade. Prepare-se para comer bem, sim, mas sem esperar economia em cada refeição.

Tajine, couscous e outras delícias marroquinas

O prato mais emblemático do país é o tajine, que também dá nome à panela de barro com tampa cônica onde ele é cozido lentamente. O método concentra os sabores e o aroma das especiarias, resultando em um prato encorpado e cheio de personalidade. Pode vir com frango, cordeiro, carne bovina ou apenas legumes, geralmente acompanhado de frutas secas, nozes ou azeitonas. Mas atenção: não espere arroz ou salada. O tajine costuma ser servido apenas com pão marroquino, e se você come bem, talvez um prato sozinho não seja suficiente.

tajine marroquino
O Tajine é o prato mais típico do Marrocos

Outro clássico é o couscous marroquino, tradicionalmente servido às sextas-feiras, mas facilmente encontrado nos cardápios todos os dias. Vem com legumes cozidos e carne sobre uma cama de sêmola, e diferente do tajine, costuma ser mais farto — é um prato pensado para partilhar.

o que comer em marrakech
Couscous é um prato típico, gostoso e muito bem servido

Agora, se quiser ousar um pouco mais, experimente a pastilla: uma torta folhada com recheio de frango, amêndoas, especiarias, açúcar e canela. É um prato tradicional e muito elogiado, mas… confesso que não caiu bem no meu paladar. Essa mistura doce-salgada me pareceu exótica até demais, mas vale provar para tirar a própria conclusão.

O chá de menta: mais que uma bebida, um ritual

Se o Marrocos tivesse que ser representado por uma única bebida, seria o chá de menta com açúcar. Presente em todas as refeições — e também fora delas —, o chá é mais do que refrescante: ele é símbolo de hospitalidade. Derramado de uma certa altura, para criar espuma no copo, o gesto de servir chá é quase cerimonial. Recusar um chá no Marrocos é como recusar uma conversa. Eu aceitei todos os convites e tomei tanto chá que, quando voltei ao Brasil, confesso que senti falta. Ele virou parte da minha rotina durante a viagem — e um pequeno ritual de pausa no meio do dia.

Praça Jemaa el Fna marrakech
Nós tomamos chá de hortelã em um café com vista para a praça Jemaa el-Fna

Jantares com espetáculo: música, dança e fantasia marroquina

Marrakech também sabe como transformar o jantar em entretenimento. Diversos restaurantes oferecem jantares com apresentações ao vivo, incluindo música tradicional, dança do ventre, instrumentos típicos e até performances com tambores. É um verdadeiro show para acompanhar o tajine — ou talvez o contrário.

O mais famoso deles é o Chez Ali, um complexo nos arredores da cidade que oferece uma experiência completa ao estilo das Mil e Uma Noites. O programa inclui dançarinas, cavaleiros árabes em performances coreografadas e até acrobacias, tudo em um cenário que mistura fantasia e folclore. Não é uma experiência barata, mas o valor já inclui transporte de ida e volta desde o seu hotel, o que torna tudo mais prático. Veja os preços aqui.

restaurante Chez Ali
A apresentação do Chez Ali é a mais famosa da cidade – Foto: divulgação

O que fazer nos arredores de Marrakech: montanhas, vilarejos e o deserto mais incrível do Marrocos

Marrakech é fascinante, mas pode ser intensa demais se você passar muitos dias seguidos por lá. A boa notícia é que, nos arredores da cidade, há uma série de experiências que oferecem uma pausa do caos urbano — e, melhor ainda, revelam outras facetas do Marrocos, com paisagens grandiosas, vilarejos tradicionais e a natureza em sua forma mais crua.

Deserto de Agafay: o “semi-Saara” mais perto de Marrakech

Fica a apenas 40 km de Marrakech e, apesar de muitas agências o chamarem de “deserto”, é importante alinhar as expectativas: o Deserto de Agafay não é um deserto de areia, como o Saara, mas sim um deserto de pedras, com paisagem árida e montanhosa. Ainda assim, ele tem seu charme — especialmente ao pôr do sol, quando as cores do céu criam um cenário digno de foto.

deserto de Agafay
Passeio de quadriciclo no Deserto de Agafay

Esse é, disparado, o passeio mais comum fora de Marrakech, justamente por ser perto, acessível e visualmente interessante. Há várias variações desse tour, mas o mais comum inclui um passeio de camelo, passeio de quadriciclo, jantar típico marroquino sob as estrelas com apresentações musicais ao vivo. Eu fiz esse passeio e achei que tem um bom custo-benefício, especialmente para quem nunca teve contato com paisagens desérticas. No entanto, para quem já foi ao deserto de Merzouga (como foi o meu caso), o cenário de Agafay pode parecer menos impressionante. Fica a sensação de “deserto de entrada”, uma versão mais prática, mas que não se compara em beleza à imensidão de dunas douradas do Saara.

Uma observação importante: durante o passeio, presenciei uma situação delicada — uma pessoa caiu do camelo porque a sela não estava bem presa. Foi um susto, e serviu de alerta. Por isso, tenha atenção onde contratar o tour. Se você pretende fazer esse passeio, eu indico ver as opções da Civitatis.

Vale do Ourika: um bate-volta rápido para ver cachoeiras e montanhas

Vale do Ourika
Vale do Ourika – Foto: Wikipedia

A cerca de uma hora de Marrakech, o Vale do Ourika é uma das escapadas mais populares entre os turistas. Localizado nas encostas das Montanhas do Atlas, o vale oferece um cenário bem diferente da cidade: vegetação verde, rios correndo entre pedras e vilarejos berberes onde a vida segue em outro ritmo.

A trilha até as cachoeiras de Setti Fatma é o ponto alto do passeio, mas exige um pouco de preparo físico (e sapatos com boa aderência). É um passeio para quem vai ficar mais tempo em Marrakech e quer ver um lado mais rural do país. Veja aqui mais informações sobre o tour ao Vale do Ourika.

Tour de 3 dias até o deserto de Merzouga: a experiência mais marcante da viagem

Mas se você tiver tempo — e disposição para longas horas de estrada —, o tour de 3 dias até o deserto de Merzouga, no Saara, é simplesmente imperdível. Para mim, foi a parte mais incrível de toda a minha viagem de duas semanas pelo Marrocos. O percurso entre Marrakech e Merzouga é longo (são quase 600 km), mas o trajeto em si já é uma aventura: passamos pelo Alto Atlas, cruzamos paisagens cinematográficas, paramos em vilarejos berberes, visitamos o impressionante ksar de Ait Ben Haddou (patrimônio da humanidade e cenário de filmes como Gladiador e Game of Thrones) e seguimos rumo ao sul, atravessando o Vale do Draa, com seus oásis e palmeirais intermináveis.

Marrakech merzouga
A visita o Saara no Merzouga foi a melhor parte da minha viagem ao Marrocos

Ao final do segundo dia, chegamos às dunas de Erg Chebbi, perto da vila de Merzouga. De lá, seguimos em um passeio de camelo até o acampamento no meio do deserto. Dormir sob um céu absurdamente estrelado, ouvir música berbere ao redor da fogueira e ver o nascer do sol entre as dunas foram momentos que me marcaram profundamente. Mesmo tendo enfrentado uma tempestade de areia enquanto estávamos na fogueira — que tornou tudo ainda mais cinematográfico —, posso dizer que vale cada minuto de estrada. E olha que não foram poucos.

Apesar de haver tours de 2 a 4 dias, o de 3 dias é o melhor, por isso a grande maioria dos turistas optam por fazer essa versão. Há o tour que vai e volta desde Marrakech (o mais popular) ou o que começa em Marrakech e termina em Fez e o contrário que começa em Fez e termina em Marrakech, esse último que fiz. Independente do local de inicio e fim, todos param nas mesmas atrações turísticas.

Gostou nas nossas dicas sobre o que fazer em Marrakech? Qual parte da cidade você achou mais ou menos interessante? Deixa seus relatos nos comentários.

Terminal Rodoviário de Itacaré: o que esperar da sua chegada de ônibus à cidade baiana

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terminal rodoviário de Itacaré

Para quem chega a Itacaré de ônibus, o terminal rodoviário de Itacaré é o primeiro ponto de contato com a cidade. Como Itacaré não possui aeroporto, muita gente acaba chegando por via terrestre, especialmente saindo de Ilhéus — onde está o aeroporto mais próximo. Nesse caso, é a opção mais barata é justamente o ônibus que liga Ilhéus a Itacaré.

Mas não espere encontrar um local moderno ou bonito. A rodoviária é simples, pequena, sem grades e totalmente aberta — a ponto de qualquer pessoa (ou cachorro) circular livremente entre as plataformas. Ainda assim, cumpre seu papel para quem quer explorar esse pedaço do litoral sul da Bahia.

Como é o Terminal Rodoviário de Itacaré?

O terminal rodoviário de Itacaré é compacto e direto ao ponto. Com capacidade para, no máximo, quatro ônibus ao mesmo tempo, ele funciona bem dentro da proposta de uma cidade pequena e acolhedora. A estrutura é básica: duas lanchonetes modestas que servem salgados, sucos e aquele cafezinho que ajuda a espantar o cansaço da estrada, além de uma pequena loja com lembranças e itens de conveniência.

Totalmente aberto, o terminal não tem portões ou controle de acesso — o que torna o ambiente bem informal. E por informal, entenda literalmente aberto: além dos passageiros que circulam ali diariamente, é comum ver moradores aproveitando o espaço para descansar um pouco e, de vez em quando, até um bêbado aparece por lá, dando aquele clima pitoresco típico de cidade pequena.

O terminal possui apenas cerca de 30 cadeiras, por isso, nos horários de maior movimento, pode não encontrar lugar para sentar.

terminal rodoviário Itacaré
Terminal rodoviário de Itacaré

Rodoviária de Itacaré: localização estratégica e acesso fácil

A Rodoviaria de Itacaré tem uma localização central, o que facilita bastante a vida de quem chega. Ela fica a apenas 400 metros da Rua Lodônio Almeida, uma via de trânsito exclusivo de pedestres, repleta de restaurantes e bastante movimentada à noite. Está também a 600 metros do início da Rua Pedro Longo, conhecida popularmente como Pituba, a mais famosa da cidade, cheia de bares, lojas e agito noturno. A Pituba é longa: sua outra extremidade está a 1,1 km da rodoviária.

A maioria dos hotéis e pousadas está concentrada no bairro da Concha, e mesmo os mais distantes não passam de 1,5 km de caminhada até o terminal. Para quem gosta de atalhos, existe um caminho por trás da rodoviária que sai numa rua paralela e economiza cerca de 50 metros — um segredo que não aparece no Google Maps, mas que todo morador local conhece.

Uma observação importante: os táxis de Itacaré trabalham com tarifa fixa. Mesmo que o seu destino fique a menos de 1 km, você pagará o mínimo, de R$30 (2025).

As linhas que partem de Itacaré

Apesar do movimento turístico, não há muitas linhas de ônibus partindo da rodoviária. A mais importante é a linha Itacaré–Itabuna, operada pela Rota Transportes. Ela passa por Ilhéus, sendo ideal para quem chega ou vai embora de avião. De Itacaré até Ilhéus são cerca de 2 horas de viagem; até Itabuna, o trajeto leva aproximadamente 3 horas.

Essa mesma linha é usada por moradores e turistas que querem visitar as praias rurais, como Itacarezinho, Havaizinho e Engenhoca. Durante a manhã, é comum ver pessoas comprando a passagem na hora para essas praias. Mas se o seu destino for o aeroporto de Ilhéus, o mais seguro é garantir seu bilhete com antecedência.

Rodoviaria de Itacaré
Rodoviária de Itacaré

Península do Maraú

Muita atenção se o seu destino for a Península de Maraú, especialmente Barra Grande. Existe um ônibus que sai de Itabuna, passa por Itacaré e segue até a cidade de Maraú, mas ele não atende diretamente quem deseja chegar à península. Isso porque ele vai apenas até a sede do município, que está a cerca de 30 km de Barra Grande — e o acesso entre os dois pontos é feito por uma estrada de terra em condições bem irregulares.

A melhor alternativa para quem quer visitar a Península de Maraú é alugar um carro em Ilhéus (veja preços aqui), onde há locadoras que permitem esse trajeto. Em Itacaré, as locadoras de veículos proíbem expressamente a ida até a península e, caso você desobedeça, pode sofrer multas contratuais. Por isso, se esse for o seu roteiro, planeje com antecedência.

Itacaré – Bom Despacho

Outra linha relevante é a que vai de Itacaré até Bom Despacho, terminal de balsas de onde é possível atravessar para Salvador. No caminho, esse ônibus também passa por Camamu (de onde saem lanchas para Barra Grande, na Península de Maraú e Boipeba), Valença (embarque para Morro de São Paulo). Essa linha é operada pela Cidade do Sol e pela Águia Branca, e tem poucos horários por dia. O trajeto completo até Bom Despacho leva cerca de 5h30; até Camamu são 60 minutos e até Valença, cerca de 2h30.

Se estiver em grupo, também é possível negociar com taxistas o trajeto direto até o aeroporto de Ilhéus. Com quatro pessoas, o custo por pessoa não é muito maior que o valor da passagem de ônibus — com o conforto extra de uma viagem sem paradas feita na metade do tempo.

Onde se hospedar

Antes de finalizar o planejamento da sua viagem, vale uma dica importante: escolher bem a pousada faz toda a diferença na experiência em Itacaré. A maioria dos hotéis e pousadas está concentrada no bairro da Concha, que é considerado o melhor local para se hospedar em Itacaré. Ele fica perto de tudo — da rodoviária, da Pituba e da praia — e, ao mesmo tempo, mantém um clima tranquilo, ideal para descansar depois de um dia de passeios. Por isso, é a escolha mais certeira para quem quer praticidade sem abrir mão do sossego.

Se você busca mais conforto e estrutura, o Aldeia do Mar Hotel é uma excelente escolha. Situado à beira-mar, no canto esquerdo da Praia da Concha, o hotel combina sofisticação com natureza, oferecendo chalés espaçosos em meio a um belo jardim tropical. Com piscina, restaurante, bar, acesso direto à praia com barraca exclusiva, é uma ótima opção para quem quer relaxar com estilo e ainda estar perto das principais atrações da cidade.

Já para quem procura um bom custo-benefício, a Pousada Abaré é uma opção bastante elogiada. Ela não fica a 350 metros do mar, é bonita e com ótimo preço.

Para mais sugestões e informações detalhadas, confira nosso conteúdo completo Hotéis e pousadas em Itacaré: melhores localizações e principais opções.

O que fazer em Maceió e região: 17 melhores passeios e praias

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Imagine um destino onde o mar exibe tons de azul e verde, as praias são emolduradas por coqueirais e há boas opções de gastronomia. Assim é Maceió, a capital alagoana que conquista o coração de quem a visita. Não à toa, a cidade é conhecida como o “Paraíso das Águas”, oferecendo uma combinação irresistível de belezas naturais, cultura e experiências gastronômicas.

Neste guia completo, vou mostrar tudo o que você precisa saber sobre o que fazer em Maceió e arredores. Desde as famosas praias urbanas de Ponta Verde e Pajuçara até os recantos paradisíacos da Praia do Gunga e dos cânions do Rio São Francisco, você encontrará dicas para todos os gostos. Além disso, exploraremos atrações históricas como Penedo e os vilarejos do litoral norte, como São Miguel dos Milagres e Maragogi.

Prepare-se para descobrir os melhores pontos turísticos em Maceió e organizar uma viagem inesquecível. Quer saber quais são os passeios imperdíveis e os segredos dessa região encantadora? Continue lendo e deixe-se inspirar!

O que fazer em Maceió: Principais atrações da cidade

Maceió é um convite irresistível para quem busca tranquilidade, beleza natural e contato direto com o mar. Suas praias urbanas são um espetáculo à parte, com águas de uma cor azul-esverdeado que são um convite a um mergulho.

Mas a cidade vai além das praias: há oferta de cultura, gastronomia e atividades para explorar. Vamos conferir o que não pode ficar de fora do seu roteiro?

Praias Urbanas: Ponta Verde, Pajuçara e Jatiúca

As praias urbanas de Maceió são verdadeiros cartões-postais, com Ponta Verde, Pajuçara e Jatiúca formando o coração da cidade turística. Essas áreas nobres concentram as melhores praias e grande parte da infraestrutura hoteleira, o que as torna os principais pontos de hospedagem para os visitantes. Planejados com cuidado, esses bairros possuem calçadões charmosos e uma atmosfera acolhedora, ideal para passeios a pé – uma ótima pedida, já que o trânsito costuma ser intenso nessa região.

Ponta Verde, o bairro mais famoso, é o epicentro da vida turística em Maceió. É aqui que você encontrará hotéis renomados como Tambaqui Praia Hotel, Hotel Ponta Verde e Comfort Hotel Maceió, além de uma das experiências mais icônicas: caminhar pelo calçadão no fim da tarde até o famoso Marco dos Corais.

Pajuçara se destaca pelo famoso passeio de jangada que leva às piscinas naturais. Nessas águas cristalinas, você pode mergulhar e se encantar com peixes coloridos em um cenário de tirar o fôlego. Pajuçara é considerado o bairro mais nobre da cidade e também possui boas opções de hotéis como: Mercure Maceio Pajuçara, Best Western Premier e Vistamar Hotel.

Jatiúca, por sua vez, é uma opção mais tranquila, com praias menos movimentadas que as de seus bairros vizinhos. Embora o calçadão aqui seja mais simples, a região compensa com hotéis com ótimo custo-benefício como Porto Kaeté Hotel, Saint Patrick Grand Hotel e o econômico Pousada Águas Marinhas, tornando-se uma ótima escolha para quem busca qualidade com melhor custo-benefício.

Piscinas Naturais de Pajuçara

As piscinas naturais de Pajuçara são, sem dúvida, um dos passeios mais icônicos de Maceió. Durante a maré baixa, jangadeiros locais conduzem os visitantes a recifes que formam verdadeiros aquários naturais, onde as águas cristalinas possibilitam ver a vida marinha. Quanto menor a maré, mais peixes coloridos você encontrará por lá, tornando o local perfeito para quem aprecia nadar ou praticar snorkeling.

Mesmo que você não mergulhe, o visual impressiona por si só. As águas rasas e cristalinas, em contraste com o horizonte do céu, criam um cenário espetacular – perfeito para fotos ou simplesmente para relaxar.

Uma curiosidade do passeio é que algumas jangadas funcionam como bares flutuantes, oferecendo bebidas, drinks e até churrasquinhos, adicionando um toque de comodidade à experiência.

Dica importante: verifique a tábua de marés antes de planejar sua visita. Para aproveitar ao máximo, escolha um dia em que a maré baixa atinja seu ponto mais baixo e em um horário conveniente. Lembre-se: a maré baixa ocorre, em média, entre 40 e 50 minutos mais tarde a cada dia, então programe-se para não deixar para fazer em um dia que a maré baixa seja 6 horas da manhã.

Feirinhas de Artesanato

Para quem gosta de levar uma lembrança da viagem, as feirinhas de artesanato são paradas obrigatórias. Entre os locais mais tradicionais estão a Feirinha da Pajuçara, o Mercado de Artesanato e o Mercado das Artes 31 de Março. Nessas feiras, você encontrará uma infinidade de produtos que refletem a rica cultura nordestina, como peças de renda, bordados feitos à mão, cerâmicas decorativas e uma ampla variedade de souvenirs.

Mas as feirinhas não se resumem a artesanato. Elas também são um convite para saborear delícias típicas da região. É comum encontrar doces caseiros, castanhas caramelizadas, cocadas e tapiocas fresquinhas, perfeitas para um lanche enquanto você explora.

Museus de Maceió

Embora Maceió seja amplamente conhecida por suas praias, a cidade também guarda espaços culturais que revelam um pouco da história e das tradições alagoanas. Quando se pesquisa sobre o que fazer em Maceió, muitas vezes essas atrações não entram nas listas, isso ocorre porque eles não possuem a estrutura ou o apelo visual de grandes museus em outras capitais brasileiras. Ainda assim, para quem tiver tempo e deseja explorar a identidade cultural de Alagoas, são ótimos pontos turísticos em Maceió.

O Museu Théo Brandão é um verdadeiro exemplo da cultura popular alagoana. Situado em um edifício histórico próximo à orla, ele reúne um rico acervo de peças que celebram o folclore, como instrumentos musicais, esculturas e trajes típicos. Este museu é ideal para quem quer explorar as tradições e a alma cultural de Alagoas, desde as festas populares até os costumes mais enraizados no estado.

No coração do centro histórico, o Museu da Imagem e Som de Alagoas (MISA) preserva a memória audiovisual do estado. Fotografias antigas, filmes raros e gravações sonoras compõem o acervo que narra a evolução cultural e tecnológica de Alagoas.

Já o Museu Palácio Floriano Peixoto é um marco arquitetônico e histórico de Maceió. Localizado no antigo palácio do governo, ele chama atenção pela beleza do prédio e pela riqueza do acervo, que inclui móveis de época, obras de arte e documentos históricos.

Orla de Maceió

A orla de Maceió é um dos cenários mais encantadores da cidade, combinando a beleza das praias com uma infraestrutura que atrai tanto moradores quanto turistas. Para torná-la ainda mais atrativa, a prefeitura instalou pontos instagramáveis que se tornaram um sucesso absoluto, como a icônica cadeira de praia gigante e o famoso totem “Eu amo Maceió”, além de outros cenários que são paradas obrigatórias para gosta de postar fotos em redes sociais.

Entre os destaques, o Marco dos Corais merece atenção especial. Esse mirante, que oferece uma vista incrível sobre o mar, rapidamente se consolidou como um ponto turístico em Maceió dos mais charmosos e imperdíveis. Antigamente, o local abrigava um clube, mas passou por uma revitalização completa e foi reinaugurado em 2022 como uma “praça sobre o mar”. A melhor hora para visitar o local é no final do dia, já que é de lá que se tem o pôr do sol mais belo da cidade.

Quando a noite chega, a orla se transforma em um ambiente vibrante, repleto de opções para quem busca diversão. Bares e restaurantes ganham vida, com música ao vivo e gastronomia variada. Os bares mais badalados são o Kanoa Beach Bar e o Lopana Bar de Praia.

Passeios imperdíveis nos arredores de Maceió

Maceió é o ponto de partida ideal para explorar algumas das paisagens mais bonitas de Alagoas. Em poucos minutos ou horas de viagem, você pode descobrir praias paradisíacas, formações naturais impressionantes e vilarejos cheios de charme. Confira os passeios imperdíveis em Alagoas:

Praia do Francês: Beleza e Diversão para Todos os Gostos

A apenas 20 km de Maceió, a Praia do Francês é um dos destinos mais icônicos de Alagoas e atrai visitantes em busca de sol, mar e diversão. Sua extensa faixa de areia clara é banhada por um mar que oferece o melhor de dois mundos: águas calmas, protegidas por recifes, perfeitas para famílias e banhistas, e áreas com ondas ideais para os amantes do surfe. A excelente infraestrutura da praia e da vila ajudou dar fama para o local.

Nos últimos anos, muitos visitantes têm optado por se hospedar na vila do Francês, aproveitando seu charme tranquilo e suas pousadas aconchegantes, como Pousada Le Baron, La Dolce Vita e Capitães de Areia Pousada, que oferecem uma experiência mais exclusiva e próxima da natureza.

Mas a Praia do Francês vai além do mar. Pertencente ao município de Marechal Deodoro, a vila ganha um toque especial ao anoitecer. Quando o sol se põe, o coração da vila pulsa em La Rue, uma rua charmosa e colorida que se transforma em um animado ponto de encontro. Lá, você encontrará uma variedade de restaurantes e bares charmosos.

Praia do Gunga: Uma das Mais Belas do Brasil

Se você tiver pouco tempo e precisar escolher apenas um passeio, a Praia do Gunga deve estar no topo da sua lista sobre o que fazer em Maceió. Localizada a apenas 40 km da capital alagoana, essa praia é frequentemente mencionada como uma das mais bonitas do Brasil – e com razão! Com um cenário de coqueirais infinitos e falésias coloridas, o Gunga é um verdadeiro paraíso tropical.

A praia é banhada por duas partes distintas do mar. De um lado, voltado para o oceano, as águas têm mais ondas. Do outro, está a Lagoa do Roteiro, onde as águas são calmas e perfeitas para crianças ou para quem busca relaxar sem preocupações.

Um dos pontos altos da visita é o mirante, que oferece uma vista panorâmica deslumbrante da praia, da lagoa e dos coqueirais – uma parada obrigatória para fotos. Para os aventureiros, os passeios de quadriciclo pelas falésias são ótimas opções.

Uma dica valiosa, que muita gente não sabe é que atrás das barracas de praia, você encontrará uma galeria de lojas com sorveterias, lanchonetes e restaurantes a preços econômicos. Há também uma feirinha que vende roupas de banho e produtos diferenciados, muitos dos quais eu não vi nas feiras de Maceió.

Barra de São Miguel: Sossego e Natureza

Localizada do outro lado da Lagoa do Roteiro e bem próxima à Praia do Gunga, a Barra de São Miguel é um refúgio tranquilo em Alagoas. Com cerca de 8 mil habitantes, o município não tem o charme de vilas mais turísticas nem é um destino badalado. Contudo, justamente por isso, pode ser uma ótima opção para quem busca uma praia urbana mais sossegada, longe das multidões. Nos últimos anos, a região vem se desenvolvendo e já oferece opções interessantes de hospedagem, como Village Barra Hotel, Pousada Barra Sol e Lua Pousada.

O grande destaque de Barra de São Miguel são seus arrecifes, uma barreira natural de corais que transforma a praia em um enorme piscinão durante a maré baixa. Esse cenário natural faz da praia um destino perfeito para crianças e quem não gosta de ondas.

Atrações históricas e naturais do interior de Alagoas

O interior de Alagoas guarda verdadeiros tesouros que combinam história, cultura e paisagens incríveis. Longe das praias e do agito da capital, essa região oferece experiências únicas, que vão desde o encontro grandioso do Rio São Francisco com o mar até cidades históricas cheias de charme.

Foz do Rio São Francisco: onde o rio encontra o mar

O passeio à Foz do Rio São Francisco é uma experiência que encanta pela singularidade do do icônico “Velho Chico” com o oceano Atlântico. Localizada no município de Piaçabuçu, a cerca de 150 km de Maceió, essa é uma atração que vale o deslocamento pela beleza natural e a grandiosidade do cenário.

O ponto alto do passeio são as dunas móveis da foz, que ficam dentro de uma área de proteção ambiental, onde a circulação de buggies é proibida para preservar o ecossistema local. O acesso às dunas é feito em um trajeto de aproximadamente 50 minutos de catamarã, que oferece serviço de bordo com bebidas e proporciona vistas incríveis do rio, das margens repletas de vegetação e dos pequenos povoados à beira do São Francisco.

foz sao francisco
Dunas móveis da foz do Rio São Francisco

Ao desembarcar nas dunas, o cenário surpreende: enormes montes de areia dourada contrastam com as águas do Rio São Francisco. Apesar da tentação de entrar no rio, é preciso cuidado para não avançar demais, pois a margem é íngreme, e a correnteza forte torna o local menos seguro para nadar. Ainda assim, a paisagem é perfeita para fotos e se banhar na parte rasa.

Cânions do Rio São Francisco: Natureza Imponente

Os Cânions do Rio São Francisco, conhecidos como Cânions do Xingó, estão entre os pontos turísticos mais impressionantes do interior do Nordeste. Localizados na divisa entre Alagoas e Sergipe, eles se formaram na parte superior da barragem de Xingó, criando um cenário único e sempre abastecido pelas águas da represa, mesmo em períodos de estiagem – um contraste marcante com os trechos abaixo da barragem.

canyons do são francisco
Cânions mais estreitos que só pode chegar por barquinhos

O passeio até os cânions começa com uma travessia de cerca de 1 hora em catamarãs, que acomodam até 250 pessoas. Durante o trajeto, é possível admirar as paisagens do Velho Chico e as formações rochosas que se erguem sobre suas águas. Ao chegar na região dos cânions, há a opção de embarcar em pequenos barcos que exploram as partes mais estreitas e impressionantes das formações, proporcionando uma experiência ainda mais imersiva.

Nesse local também há uma base que funciona como área segura para nadar no rio. Um espaço que é cercado por redes de proteção para evitar qualquer contato com piranhas. Os visitantes têm cerca de 1 hora para nadar e se refrescar nas águas do rio.

A principal desvantagem desse passeio é a distância: são 300 km de Maceió, o que significa cerca de 5 horas de viagem de carro. Por isso, a melhor opção para aproveitar ao máximo a experiência é pernoitar em Piranhas, uma cidade histórica no sertão de Alagoas. Além de facilitar o acesso aos cânions, Piranhas é um destino por si só, com ruas de pedra, casarios coloridos e muita história para contar, veja as opções de hotéis em Piranhas.

Penedo: História e Charme às Margens do Rio São Francisco

Penedo, localizada a cerca de 160 km de Maceió, é um verdadeiro tesouro histórico às margens do Rio São Francisco. Fundada no século XVI, a cidade possui um conjunto arquitetônico colonial bem preservado, que reflete o charme de tempos antigos. Caminhando por suas ruas de pedra é possível observar casarões coloridos, igrejas barrocas e monumentos que contam a história da região.

igreja santa maria dos anjos penedo
Igreja Santa Maria dos Anjos em Penedo faz parte da Rota do Imperador

Entre as atrações está a Igreja de Nossa Senhora da Corrente, famosa por sua arquitetura rica em detalhes e seus altares em ouro. O Convento de São Francisco, além de seu valor histórico, oferece uma bonita vista do Rio São Francisco e o Museu do Paço Imperial, local onde Dom Pedro II se hospedou ao visitar a cidade.

Penedo também encanta pelos momentos de tranquilidade que proporciona. Passeios de barco pelo “Velho Chico” são uma excelente oportunidade para contemplar a paisagem e descobrir ilhas próximas, além de vivenciar o ritmo calmo da região.

O que fazer em Alagoas: Litoral Norte

Se o litoral sul de Alagoas impressiona com praias como o Gunga e o Francês, o Litoral Norte não fica para trás quando o assunto é beleza natural. Essa região abriga algumas das praias mais paradisíacas do Brasil, com águas cristalinas, piscinas naturais, coqueirais a perder de vista e um clima de tranquilidade que encanta qualquer viajante. Diferente do litoral sul, que costuma ser mais movimentado, o norte de Alagoas oferece uma experiência mais rústica e exclusiva, ideal para quem busca sossego e conexão com a natureza.

São Miguel dos Milagres: A Rota Ecológica dos Milagres

Pequena e charmosa, São Miguel dos Milagres é um dos destinos mais conhecidos do litoral norte alagoano. Parte da famosa Rota Ecológica dos Milagres, essa região se destaca por suas praias pouco alteradas e pelo turismo sustentável. O mar azul-esverdeado e as piscinas naturais acessíveis por jangadas fazem deste um destino perfeito para quem deseja relaxar longe das multidões.

Diferente de outros destinos turísticos, São Miguel dos Milagres não possui um centrinho tradicional, onde se concentram hospedagens, restaurantes e serviços. Isso significa que os visitantes precisam se deslocar mais entre as diferentes praias e estabelecimentos, o que pode ser um desafio para quem não está de carro. No entanto, essa característica também contribui para o clima de exclusividade que atrai tantos viajantes.

Localizada a cerca de 100 km de Maceió (aproximadamente duas horas de carro), São Miguel dos Milagres é um destino que vale a pena ser explorado com calma. Por isso, muitos viajantes optam por se hospedar na região para aproveitar melhor suas praias paradisíacas. Algumas boas opções de pousadas são: Pousada Riacho dos Milagres, Flats Hana Mana e Pousada Caribe Milagrense.

Maragogi: o Caribe Brasileiro

Conhecida como o Caribe Brasileiro, Maragogi é um dos destinos mais cobiçados do Nordeste e não decepciona quem busca praias paradisíacas e águas cristalinas. Localizada a cerca de 130 km de Maceió, essa cidade litorânea encanta os visitantes com seus cenários lindos.

O grande destaque de Maragogi são as famosas piscinas naturais, também chamadas de Galés de Maragogi. Essas formações são bancos de corais localizados a vários quilômetros da costa, que emergem durante a maré baixa e formam verdadeiros aquários naturais em alto-mar. O passeio até as Galés é feito de catamarã ou lancha, e ao chegar lá, os visitantes encontram águas cristalinas repletas de peixes coloridos, sendo um dos melhores locais do Brasil para snorkeling. Além das Galés, há outras piscinas naturais menos concorridas, como Taocas e Barra Grande, que oferecem uma experiência mais exclusiva para quem quer fugir do movimento.

O que muita gente não sabe é que só é possível visitar as piscinas naturais na maré baixa, e os horários dos passeios variam diariamente de acordo com a tábua de marés. Isso significa que os passeios podem sair tanto no início da manhã (por volta das 7h) quanto no meio da tarde (por volta das 15h), dependendo do dia. Esse detalhe é essencial para quem está hospedado longe, como em Maceió ou Porto de Galinhas, já que pode ser difícil chegar a tempo para embarcar.

Por isso, a melhor forma de aproveitar Maragogi ao máximo é se hospedando na cidade. Embora sua infraestrutura ainda seja simples para o grande fluxo turístico que recebe, há boas opções de hotéis e pousadas que garantem conforto aos visitantes, como o sofisticado Maragogi Brisa Exclusive Hotel, o intermediário Pousada Sol e Mar e econômico Pousada Boa Vista.

Além das piscinas naturais, Maragogi abriga praias deslumbrantes como Antunes, Barra Grande e Ponta de Mangue, todas com mar calmo e cristalino, ideal para quem busca relaxar e curtir o visual paradisíaco.

Dicas práticas para planejar sua viagem a Maceió

Para aproveitar Maceió e as belezas do litoral alagoano, é essencial planejar a viagem com atenção a alguns detalhes. Desde a melhor época para visitar até a forma mais eficiente de se locomover, algumas decisões podem fazer toda a diferença na sua experiência.

Qual a melhor época para visitar Maceió?

Maceió tem um clima quente o ano inteiro, mas o que define a melhor época para visitar a cidade é a chuva. A alta temporada acontece entre dezembro e fevereiro, quando as temperaturas estão altíssimas e os dias ensolarados são mais frequentes. No entanto, esse também é o período mais caro e movimentado, com praias lotadas e hospedagens disputadas.

Se quiser encontrar um equilíbrio entre bom clima e preços mais acessíveis, o melhor período para viajar a Maceió é entre setembro e novembro ou entre março e abril. Esses meses costumam ter sol firme, menos turistas e valores mais atrativos em hotéis.

O período menos indicado para viajar é entre maio e agosto, quando as chuvas são mais constantes e podem atrapalhar os passeios. Apesar disso, a cidade ainda recebe turistas, especialmente aqueles que querem aproveitar preços mais baixos e não se importam em correr o risco de dias nublados.

Como se locomover em Maceió e região?

A melhor forma de se locomover dentro de Maceió depende do tipo de viagem que você planeja. Se a ideia é explorar apenas as praias urbanas, o transporte por aplicativo (Uber e 99) funciona bem e tem preços razoáveis. Para quem gosta de caminhar, a orla das praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca é muito bem estruturada, sendo possível fazer diversos passeios a pé.

Para quem deseja visitar praias mais distantes e outras atrações da região, a opção mais popular entre os turistas são as excursões organizadas por agências. Empresas especializadas oferecem passeios de bate-volta para os principais destinos, como a Praia do Francês, Praia do Gunga, Maragogi e São Miguel dos Milagres. Fizemos os passeios pelo litoral sul com a Luck Receptivo, uma empresa bastante consolidada no Nordeste, que oferece um bom serviço e estrutura confortável. Os preços das excursões costumam ser acessíveis, tornando essa uma escolha vantajosa, especialmente para quem quer beber ou não quer se preocupar com deslocamento. No entanto, é importante lembrar que esses passeios seguem roteiros fixos e horários pré-definidos, o que pode limitar a experiência de quem prefere explorar os destinos com mais calma.

Já para quem busca mais liberdade e flexibilidade, alugar um carro pode ser a melhor alternativa, veja preços de aluguel de carro. Isso permite que você visite as praias no seu próprio ritmo, faça paradas estratégicas e descubra lugares menos movimentados. Destinos como São Miguel dos Milagres e Maragogi, por exemplo, têm horários específicos para passeios às piscinas naturais, e estar de carro facilita o planejamento. Além disso, as estradas que ligam Maceió a essas regiões são, em geral, bem sinalizadas e seguras para dirigir.

No entanto, se o objetivo for explorar praias mais distantes e fazer passeios pelos arredores, a melhor opção é alugar um carro, veja preços de aluguel de carro. Isso dá liberdade para visitar lugares no seu ritmo, como a Praia do Francês, Praia do Gunga, São Miguel dos Milagres e Maragogi, sem depender de excursões. As estradas são, no geral, boas e bem sinalizadas, facilitando a locomoção.

Para quem não quer dirigir, há passeios de bate-volta organizados por agências para os principais destinos turísticos da região. Essa é a principal escolha da maioria dos turistas. Nós mesmo visitamos os atrativos de Maceió e do Litoral Sul, nós fizemos os passeios com a Luck Receptivo, uma empresa que está presente na maioria dos estados nordestinos e possui bons serviços.

Como os preços dos passeios não costumam ser altos, essa costuma ser uma opção muito vantajosa. Entretanto, esses passeios costumam ter roteiros fixos e horários apertados, o que pode não ser a melhor escolha para quem gosta de explorar os lugares com mais calma.

Feira do Turista de Aracaju: uma opção prática para quem está na Orla de Atalaia

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feira do turista aracaju

Se você está planejando uma visita a Aracaju, é bem provável que inclua a Orla de Atalaia no seu roteiro. Ao explorar essa região turística, é quase certo que você irá se deparar com a Feira do Turista de Aracaju. Não porque seja a melhor feira da cidade, mas pela localização privilegiada, bem no coração da Orla. Por isso, vale a pena dar uma passada por lá, nem que seja para conhecer e conferir o que ela tem a oferecer.

O que encontrar na Feira do Turista de Aracaju

A Feira do Turista de Aracaju é compacta, mas bem organizada. Com 165 lojas, o local oferece uma variedade impressionante de produtos. Por lá, você vai encontrar roupas, biquínis, bolsas, chapéus e até mesmo capinhas de celular. Quem busca lembranças regionais também encontrará algumas opções como: castanhas, doces típicos, pimentas artesanais e produtos de artesanato.

feira atalaia
Como a maioria das feiras, os corredores são estreitos – Foto: divulgação

Além disso, a feira conta com alguns restaurantes que oferecem pratos variados, especialmente da culinária sergipana. O local pode ser bom para fazer uma refeição rápida antes de continuar o passeio. Já se você procura um bom restaurante para jantar, Atalaia possui melhores opções.

feira do turista sergipe
Praça de alimentação da Feira do Turista – Foto: divulgação

Um detalhe interessante é que, em vários dias da semana, há música ao vivo, criando uma atmosfera mais animada.

Localização e horários

Se tem algo que facilita o sucesso da Feira do Turista de Aracaju é a sua localização estratégica. Situada na Avenida Santos Dumont, nº 1813, a feira está bem próxima aos principais hotéis da Orla de Atalaia. Isso faz dela uma opção prática, especialmente para quem tem pouco tempo na cidade ou prefere não se deslocar até o centro.

A feira funciona diariamente, das 10h às 22h, enquanto os restaurantes estendem seu horário até as 23h, para saber amis informações acesse o perfil do Instagram da feira. Apesar de estar aberta desde a manhã, é à noite que o local ganha mais movimento, com turistas aproveitando para passear por lá após um dia repleto de atividades na praia.

feira do turista atalaia

Comparando com o Mercado Thales Ferraz

Não há como negar que o Mercado de Artesanato Thales Ferraz, localizado no centro da cidade, é uma alternativa mais atraente para quem busca artesanato e preços mais em conta. Com uma oferta robusta de produtos regionais, é um destino ideal para quem deseja explorar com calma e encontrar boas lembrancinhas.

Por outro lado, a distância do centro pode ser um obstáculo para muitos visitantes que preferem permanecer na região da Orla de Atalaia. Nesse contexto, a Feira do Turista de Aracaju se destaca como uma alternativa prática e conveniente. Apesar dos preços mais elevados, ela oferece a oportunidade de adquirir lembranças e apreciar a cultura local sem grandes deslocamentos. A praticidade e o ambiente bem cuidado fazem valer a visita.

Agora, conte pra gente: você já visitou a Feira do Turista de Aracaju? Compartilhe sua experiência nos comentários!

Onde ficar em Aracaju: guia completo para escolher a melhor hospedagem

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Bairro de Atalaia – Foto: divulgação Del Mar Hotel

Se você está procurando onde ficar em Aracaju, saiba que escolher a hospedagem certa é o primeiro passo para garantir uma viagem tranquila e bem aproveitada. A cidade oferece uma boa variedade de opções, desde hotéis com infraestrutura completa até pousadas simples, prontas para atender a diferentes estilos de viajantes e todos os gostos e bolsos.

A localização é o ponto-chave na hora de decidir, e vou te mostrar as melhores regiões para se hospedar. Spoiler: a Orla de Atalaia é o coração da cidade quando o assunto é turismo, mas outras regiões, como Aruana, também têm suas vantagens.

Então, prepare-se, abra seu bloco de notas ou aplicativo de planejamento e venha comigo descobrir as melhores opções para transformar sua hospedagem em Aracaju no início de uma experiência inesquecível!

Onde ficar em Aracaju: as principais regiões da cidade

Aracaju é uma cidade de tamanho médio, com pouco mais de 600 mil habitantes, e isso traz um alívio enorme para quem busca tranquilidade durante a viagem. Diferente das grandes metrópoles, aqui você não vai encontrar trânsito caótico, aglomerações desenfreadas ou aquele estresse típico de cidades muito grandes. Tudo é mais acessível e prático, o que facilita bastante na hora de planejar sua viagem.

Além disso, Aracaju é considerada uma das capitais mais seguras do Nordeste. Claro, como em qualquer lugar, é importante manter atenção aos seus pertences, especialmente nas áreas mais movimentadas, mas, no geral, você pode explorar a cidade com uma sensação de segurança que nem sempre é comum em outras capitais brasileiras.

mapa onde ficar Aracaju
Mapa dos 3 principais bairros onde se hospedar em Aracaju

A cidade é bem organizada e dividida em regiões que atendem a diferentes perfis de viajantes. A mais famosa e recomendada para turistas é Atalaia, onde fica a icônica orla com hotéis, pousadas, restaurantes e lojas. Para quem busca um clima mais tranquilo, a região de Aruana, um pouco ao sul, é uma excelente opção, com pousadas e hotéis mais reservados. O Centro da cidade também pode ser considerado, especialmente por quem vai a trabalho ou quer economizar, mas não oferece o charme litorâneo das outras áreas.

Na sequência, vamos detalhar cada uma dessas áreas e mostrar as melhores opções de hotéis e pousadas em cada região.

Atalaia, o melhor lugar para se hospedar em Aracaju

Se existe um lugar que praticamente todo turista vai te recomendar em Aracaju, esse lugar é Atalaia. E não é por acaso! Essa é a região mais turística da cidade, com uma infraestrutura completa que torna a estadia confortável e prática para quem quer explorar tudo o que a capital sergipana tem a oferecer. Aqui você encontra desde hotéis em Aracaju com estrutura de alto padrão até pousadas mais simples, com ótimos preços.

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Bairro de Atalaia com a orla e o mar ao fundo, melhor local onde ficar em Aracaju – Foto: divulgação Celi Hotel

A principal atração de Atalaia é a famosa Orla de Atalaia, um verdadeiro cartão-postal da cidade. Ela é muito mais do que um calçadão à beira-mar: tem quadras esportivas, ciclovias, lagos, o Oceanário de Aracaju, além de bares e restaurantes que atendem a todos os gostos. E o melhor? Muitos hotéis e pousadas estão a poucos passos dessa movimentação, facilitando a vida de quem gosta de aproveitar o dia sem precisar de deslocamentos longos.

Outro grande atrativo da região é a diversidade gastronômica. Por aqui, você encontra de tudo: desde quiosques que servem um cuscuz caprichado ou tapiocas irresistíveis até restaurantes sofisticados especializados em frutos do mar fresquinhos. Para completar, as feirinhas de artesanato e as lojinhas de souvenirs espalhadas pela orla garantem que você encontre lembranças especiais para levar para casa.

Se você gosta de comodidade, Atalaia é imbatível. A região concentra a maior parte dos hotéis em Aracaju, oferecendo opções para todos os bolsos. Desde grandes redes conhecidas até pousadas familiares com atendimento personalizado, você certamente encontrará algo que combine com o seu estilo de viagem. E, para quem gosta de se exercitar, muitos hotéis têm academia e estão perto da orla, ideal para caminhadas ou corridas ao amanhecer. Além disso, a ciclovia é ideal para quem quiser alugar uma bicicleta e explorar a região com calma.

Para finalizar, a localização estratégica de Atalaia facilita o acesso aos principais pontos turísticos da cidade, seja para passear no Mercado Municipal, explorar o Centro Histórico ou partir para os famosos passeios de um dia, como a Croa do Goré e Mangue Seco, no litoral sul. As empresas de turismo que ofertam passeios buscam (e deixam) os passageiros no hotel caso estejam hospedados em Atalaia. Para saber mais sobre passeios, leia nosso texto sobre o que fazer em Aracaju.

Hotéis em Atalaia

Se você decidiu se hospedar em Atalaia, está no caminho certo para aproveitar o melhor que Aracaju tem a oferecer. A região concentra uma grande variedade de hotéis, desde opções econômicas até acomodações mais sofisticadas. Para te ajudar a escolher, separei algumas sugestões com características e diferenciais que podem fazer toda a diferença na sua experiência de viagem.

Hotéis de Alto Padrão em Atalaia

Vidam Hotel Aracaju

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Hotel Vidam é um dos melhores hotéis em Aracaju – Foto: divulgação

Moderno, sofisticado e considerado por muitos o melhor hotel de Aracaju, o Vidam Hotel é referência em conforto e qualidade. Sua infraestrutura é um dos grandes destaques: além de uma ampla piscina no térreo, o hotel conta com um rooftop incrível que inclui uma piscina de borda infinita, duas jacuzzis e uma vista espetacular da cidade. A estrutura também inclui spa, academia, brinquedoteca, estacionamento e um restaurante interno de alto nível.

Os 140 quartos do Vidam são amplos, variando entre 30 m² e 50 m², com decoração clean e funcional. Um diferencial único é o ônibus de dois andares próprio do hotel, que realiza city tours pela cidade, proporcionando uma experiência exclusiva para os hóspedes.
Embora não seja um hotel de luxo, o Vidam é a opção mais completa e confortável que você encontrará em Atalaia.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Vidam Hotel clique aqui

Del Mar Hotel

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O Del Mar Hotel possui uma das melhores áreas de lazer – Foto: divulgação

Localizado de frente para o mar e próximo ao Vidam, o Del Mar Hotel é outra excelente opção em Atalaia. Com um design elegante e um ambiente interno muito agradável, o hotel conquista pela sua área de lazer, que é ampla e bem planejada, contando com duas piscinas que fazem sucesso entre os hóspedes.

Além disso, o Del Mar conta com uma academia bem equipada e um restaurante. Seus 113 quartos são espaçosos, com 25 m² cada. Vale mencionar que o hotel possui uma longa história em Aracaju, tendo sido anteriormente conhecido como Mercure Aracaju, mas mantendo sua excelência mesmo após mudanças de administração.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Del Mar Hotel clique aqui

Celi Hotel Aracaju

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Celi, outra opção onde ficar em Aracaju – Foto: divulgação

O Celi Hotel, também situado na Avenida Santos Dumont (avenida beira-mar), é uma opção charmosa e aconchegante para quem deseja ficar próximo à Orla de Atalaia. Ele conta com 105 quartos bem decorados, cada um com cerca de 23 m².

A área de lazer inclui uma grande piscina, perfeita para momentos de relaxamento após um dia de passeios. Um diferencial que agrada muitos hóspedes é o fato de o hotel ser pet friendly, permitindo que você leve seu animal de estimação para aproveitar a viagem junto com você.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Celi Hotel clique aqui

Hotéis com bom custo-benefício

Hotel da Costa by Nobile

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Quarto do Hotel da Costa é bem equipado

O Hotel da Costa by Nobile é uma das melhores opções para quem busca conforto aliado a um preço justo. Localizado de frente para o mar, na Avenida Santos Dumont, o hotel está em uma área tranquila e estratégica da Orla de Atalaia, próximo ao Del Mar Hotel.

Com uma infraestrutura que atende tanto casais quanto famílias, o Hotel da Costa oferece duas piscinas (uma para adultos e outra infantil), academia, espaço kids, estacionamento e um restaurante com pratos variados. Os cerca de 100 quartos são amplos e bem equipados. Outro destaque é o café da manhã, que é diversificado e apresenta variações ao longo da semana.

Eu me hospedei no Hotel da Costa e minha experiência foi positiva. O atendimento foi atencioso pela maioria dos funcionários, e a estrutura do hotel corresponde às expectativas. Apesar de o valor da diária não ser dos mais baixos, considero que ele é condizente com a qualidade do serviço e a localização privilegiada.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Hotel da Costa by Nobile clique aqui

Jatobá Praia Hotel

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Jatobá Praia Hotel fica na Passarela do Caranguejo – Foto: divulgação

Se você prefere economizar sem abrir mão de uma boa localização, o Jatobá Praia Hotel é uma excelente opção. Situado no lado oposto de Atalaia, na mesma Avenida Santos Dumont, ele fica bem na Passarela do Caranguejo, a área mais vibrante da orla, repleta de restaurantes, bares e lojas.

O Jatobá é um hotel menor e mais simples, com apenas 44 quartos, mas oferece tudo o que você precisa para uma estadia confortável, incluindo uma piscina, estacionamento e um café da manhã bem servido. A localização é um dos seus maiores atrativos, especialmente para quem quer estar perto de serviços acessíveis e opções de alimentação de todos os preços.

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Arcus Hotel by Atlântica

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A piscina interna do Arcus é seu maior destaque – Foto: divulgação

O Arcus Hotel by Atlântica é a opção mais econômica dessa parte da lista, porém sem deixar de lado o conforto. Com 132 quartos, o hotel oferece academia, spa, restaurante e estacionamento. Seu maior diferencial é a piscina coberta, localizada na área interna central do hotel, que se destaca por ser única entre os hotéis da região.

Embora não esteja exatamente na orla, o Arcus fica a apenas dois quarteirões da praia, o que ainda o mantém próximo à movimentação turística. Sua localização, embora um pouco menos privilegiada em relação aos demais, não compromete a experiência de hospedagem, especialmente se você busca um valor mais acessível.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Arcus Hotel by Atlântica clique aqui

Hotéis econômicos

Se você prefere economizar na hospedagem para investir mais em passeios e experiências, Atalaia oferece opções econômicas que não abrem mão de qualidade. Esses hotéis garantem uma boa estadia por preços mais acessíveis, sem comprometer a localização e os serviços essenciais. Confira três excelentes escolhas onde ficar em Aracaju de forma econômica:

Simas Praia Hotel

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Hotel na orla de Atalaia com piscina no rooftop – Foto: divulgação Simas Hotel

O Simas Praia Hotel é uma das melhores escolhas econômicas em Atalaia, especialmente para quem faz questão de estar bem próximo à orla. Localizado na Avenida Santos Dumont, de frente para a praia, o hotel se destaca pelo seu rooftop no 5º andar, que oferece uma piscina com vista panorâmica incrível do mar.

Com 80 quartos, o Simas oferece acomodações simples, mas funcionais, equipadas com frigobar, mesa com cadeira e armário, garantindo conforto e praticidade para os hóspedes. Essa combinação de localização privilegiada e estrutura eficiente faz dele a principal opção para quem busca uma hospedagem econômica sem abrir mão da comodidade de estar de frente para o mar.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Simas Praia Hotel clique aqui

Pousada Vila Aju

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Pousada Vila Aju é uma das melhores opções de pousada econômica – Foto: divulgação

A Vila Aju é uma pousada pequena, com apenas 28 quartos, mas cheia de charme e personalidade. O grande diferencial está na sua temática: decorada com elementos que exaltam a cultura nordestina, criando um ambiente autêntico. Até mesmo o café da manhã é regional, com opções como tapioca e cuscuz.

Com quartos bem decorados e uma área de lazer com piscina, a pousada surpreende pelo valor cobrado.

Embora esteja a quatro quarteirões da Orla de Atalaia, mais precisamente na região da Passarela do Caranguejo, a localização é tranquila e ainda próxima de restaurantes, bares e lojas.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem da Pousada Vila Aju clique aqui

Ibis Budget Aracaju

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Ibis budget, boa opção de hotel em Aracaju barato – Foto: divulgação

O Ibis Budget Aracaju é uma opção prática e funcional para quem busca hospedagem econômica sem surpresas. Com a qualidade já conhecida da rede Ibis, o hotel oferece quartos compactos, modernos e bem planejados, ideais para viajantes que passam pouco tempo na acomodação e valorizam o essencial: conforto, limpeza e boa localização.

Localizado a menos de 100 metros da Orla de Atalaia, o Ibis Budget conta com piscina, academia e restaurante.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Ibis Budget Aracaju clique aqui

Outras Opções de Hospedagem em Aracaju

Embora Atalaia seja a escolha mais óbvia para a maioria dos turistas, Aracaju também oferece outras regiões interessantes para quem busca algo diferente. Seja por questões de orçamento, tranquilidade ou proximidade com locais específicos, vale considerar alternativas como a Aruana e o Centro da Cidade. Cada uma dessas áreas tem características próprias que podem se alinhar melhor ao seu estilo de viagem.

Aruana: Tranquilidade e Praia para Relaxar

A alguns quilômetros ao sul de Atalaia, a região de Aruana é o destino perfeito para quem busca ficar perto da praia em um ambiente um pouco mais reservado e longe da movimentação intensa da Orla de Atalaia. A praia de Atalaia não é muito frequentada por turistas devido à grande extensão da orla e à ausência de barracas de praia.

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Praia de Aruana é a preferida dos turistas – Foto: Google Street View

A maioria dos turistas e moradores prefere a praia de Aruana, onde a faixa de areia é um pouco menor e há boas barracas de praia. Aos finais de semana, a praia costuma ficar cheia, principalmente próximo às principais barracas, como Âncora Beach e Paraíso do Baixinho.

A principal vantagem de se hospedar em Aruana é o clima de exclusividade que a região oferece, sobretudo à noite. Já a desvantagem é a pouca oferta de hotéis e restaurantes na região. Entretanto, como ela está a apenas 6 km da Orla de Atalaia, é fácil pegar um Uber para ir passear ou jantar por lá.

Aruana é um convite ao descanso, sendo muito procurada por famílias e casais que valorizam uma estadia mais tranquila.

Hotéis em Aracaju na Praia de Aruana

Se você busca uma estadia tranquila e próxima à praia, Aruana é uma excelente escolha. Confira as opções de hospedagem na região, começando pela melhor:

Aruanã Eco Praia Hotel

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Aruanã, opção de hotel beira mar em Aracaju – Foto: divulgação

O Aruanã Eco Praia Hotel é, sem dúvidas, a melhor opção de hospedagem no bairro de Aruana e uma das mais destacadas de Aracaju. Este hotel combina charme, conforto e sustentabilidade, sendo perfeito para quem busca uma experiência diferenciada e de alto padrão.

A estrutura é completa, com uma piscina ampla cercada por jardins tropicais, spa, academia e um restaurante que oferece uma boa variedade de pratos, incluindo especialidades regionais. Os quartos são espaçosos, bem decorados e contam com varanda privativa.

Localizado de frente para o mar, o hotel fica em uma área tranquila da praia, onde basta atravessar a rua para aproveitar a faixa de areia. É uma escolha ideal de onde ficar em Aracaju para quem quer fugir da movimentação intensa e aproveitar momentos de descanso com qualidade.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Aruanã Eco Praia Hotel clique aqui

Pousada Acalanto

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Piscina da Pousada Acalanto, outra opção onde ficar em Aracaju – Foto: divulgação

A Pousada Acalanto é uma opção econômica em Aruana. Com um ambiente intimista e bem cuidado, a pousada oferece quartos simples, mas a maioria equipado com ar-condicionado, frigobar e TV.

A área de lazer conta com uma piscina, ideal para relaxar após um dia de passeio. A localização, a quatro quarteirões da praia e a cerca de 500 metros de distância, é tranquila e prática.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem da Pousada Acalanto clique aqui

Hospedagem no Centro de Aracaju: para quem viaja a trabalho

A região central de Aracaju é uma área prática e funcional, mas não indicada para turistas que viajam a lazer. No entanto, para quem está na cidade a trabalho, ela pode se tornar uma escolha estratégica, especialmente pela proximidade com prédios comerciais, órgãos públicos, bancos e escritórios empresariais.

Apesar de não estar perto das praias, o Centro de Aracaju oferece acesso fácil a serviços essenciais e boa mobilidade urbana, com opções de transporte público e vias rápidas que conectam a região a outras áreas da cidade. O Mercado Municipal, o Centro Histórico e algumas instituições culturais estão localizados nessa região, o que pode ser um diferencial para quem deseja explorar a cidade entre os compromissos de trabalho.

Por outro lado, a oferta de hotéis no Centro é muito limitada, com hotéis de nível muito baixo. Por isso, para o público corporativo é mais interessante se hospedar no bairro Grageru, vizinho ao centro, menos movimentado, mais agradável e seguro.

Hotéis no Centro de Aracaju

NB Hotéis

Situado no bairro Grageru, vizinho ao Centro, o NB Hotéis é uma excelente opção para o público corporativo. Com quartos confortáveis e bem equipados, o hotel conta com academia e restaurante, garantindo praticidade para quem está na cidade a negócios.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do NB Hotéis clique aqui

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Área central de Aracaju – Foto: divulgação ibis Aracaju

Ibis Aracaju

Uma alternativa econômica no bairro Grageru é o Ibis Aracaju. Com quartos compactos e modernos, o hotel oferece uma boa relação custo-benefício.

Para ver mais fotos e saber preços de hospedagem do Ibis Aracaju clique aqui

E aí gostou de conhecer as melhores opções onde ficar em Aracaju? Agora leia nosso texto sobre o que fazer em Aracaju, incluindo alguns passeios em outras regiões de Sergipe que podem ser visitados em um dia.

Por que o Oceanário do Projeto Tamar Aracaju é imperdível?

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projeto tamar aracaju

O Projeto Tamar Aracaju é uma das atrações mais representativas da capital sergipana, um estado que valoriza a preservação ambiental. proporcionando aos visitantes a chance de se aproximar da biodiversidade marinha e entender a importância da preservação ambiental. Localizado na famosa Orla de Atalaia, o Oceanário do Projeto Tamar é um espaço que une conhecimento científico e educação ambiental de forma cativante. Neste texto, você encontrará todas as informações essenciais para planejar sua visita e aproveitar ao máximo essa experiência única.

Fundação Projeto Tamar Aracaju

O Projeto Tamar Aracaju é uma unidade essencial dessa renomada iniciativa, voltada para a preservação das tartarugas marinhas no Brasil. As atividades no estado de Sergipe começaram no início da década de 1980, com a instalação da primeira base nacional em Pirambu, em 1982. Hoje, Sergipe abriga três bases de pesquisa e conservação – Ponta dos Mangues, Pirambu e Abaís – além do Oceanário Aracaju, que funciona como Centro de Visitantes.

A Fundação Projeto Tamar em Sergipe desempenha um papel crucial na proteção das tartarugas marinhas, monitorando cerca de 150 km de praias e protegendo quase 8.000 desovas e 600 mil filhotes por temporada reprodutiva. A maioria dessas tartarugas pertence à espécie oliva, a menor entre as tartarugas marinhas presente no Brasil.

Inaugurado em 2002, o Oceanário de Aracaju rapidamente se tornou um ponto de referência para o turismo local, recebendo, atualmente, cerca 100 mil visitantes por ano. Já o Projeto Tamar, como um todo, recebe 1 milhão de visitantes, anualmente, nos seus 8 centro de visitações.

A missão do Projeto Tamar vai além da proteção das tartarugas: por meio dessas espécies bandeira, o projeto protege todo o ecossistema marinho. Esse trabalho inclui o monitoramento das áreas de desova, resgate de animais em risco e iniciativas de conscientização para reduzir os impactos da pesca e da poluição nos oceanos.

Por que o Projeto Tamar Aracaju é chamado de Oceanário?

Diferente das outras unidades do Projeto Tamar, a de Aracaju é conhecida como oceanário porque seu foco principal vai além das tartarugas marinhas, abrangendo uma ampla diversidade de espécies aquáticas. No local, os visitantes podem observar não apenas as tartarugas, mas também moluscos, invertebrados e peixes de água salgada e doce. Essa rica variedade torna o espaço único, reunindo animais de diferentes regiões do Brasil, até mesmo da região amazônica.

oceanario sergipe
Aquários do Oceanário Aracaju

Esse é o primeiro oceanário do Nordeste, projetado para oferecer uma experiência imersiva por meio de tanques e aquários que permitem a observação de perto da rica biodiversidade marinha e fluvial brasileira. A estrutura promove aprendizado e interação, destacando a importância da conservação dos ecossistemas aquáticos. Essa abordagem mais abrangente diferencia os centro de visitação do Projeto Tamar de outros aquários existentes no país.

O que fazer no Oceanário Aracaju?

O Oceanário Aracaju oferece diversas atrações que permitem conhecer de perto a fauna aquática brasileira. Com tanques e aquários cheios de vida, o espaço combina aprendizado e entretenimento, atraindo não apenas crianças, mas visitantes de todas as idades.

Tartarugas

Apesar de o oceanário apresentar uma grande variedade de espécies, as tartarugas – símbolo do Projeto Tamar – continuam sendo protagonistas. No local, os visitantes podem aprender sobre o ciclo de vida, a importância ecológica e as ameaças enfrentadas pelas tartarugas por meio de painéis informativos. Dos centros de visitação do Projeto Tamar que já visitei, o de Aracaju é o que tem maior variedade de animais, porém menor quantidade de tartarugas. De toda forma, você encontrará alguns tanques com tartarugas em diferentes estágios de vida, com destaque para os filhotes, que costumam encantar o público.

tartaruga projeto tamar
Tanque com tartarugas
o que fazer aracaju
Nossa filha adorou ver as tartarugas, é o 3º Projeto Tamar que ela conhece

Uma homenagem especial às tartarugas está no próprio formato do prédio do oceanário, que, visto do alto, lembra uma tartaruga gigante. Apesar de difícil de notar ao caminhar pelo local, a vista aérea revela claramente esse detalhe arquitetônico.

oceanário de aracaju
Visto do alto é fácil perceber que o Oceanário Aracaju tem formato de tartaruga – Foto: divulgação Tamar

Tubarão-lixa

Os tubarões-lixa são considerados, por muitos, como a principal atração do oceanário. Esses impressionantes animais habitam o tanque central, onde podem ser observados de perto. Um momento imperdível ocorre durante a alimentação dos tubarões, no final da tarde, quando os visitantes têm a oportunidade única de tocar os animais e sentir a textura áspera de suas escamas – a característica que deu origem ao nome “tubarão-lixa”.

oceanário aracaju
No tanque do tubarão há aberturas para poder melhor observar os animais – Foto: divulgação Tamar

Tanques e Aquários

O Oceanário Aracaju possui 17 aquários que abrigam mais de 50 espécies de animais de água doce e salgada. O destaque é o Grande Aquário Oceânico, que, apesar do nome, não é tão grande, mas chama atenção pela diversidade de espécies que abriga. Entre os moradores desse tanque estão arraias, meros e moreias..

aracaju oceanario
Grande Aquário Oceânico – Foto: divulgação Tamar

Planeje sua visita ao Projeto Tamar Aracaju

Para aproveitar ao máximo sua visita ao Oceanário Aracaju, é importante se planejar. Confira abaixo as principais informações:

Localização

O oceanário está localizado na Orla de Atalaia, na Avenida Santos Dumont, nº 1010. Essa região é o coração turístico de Aracaju e se quiser se hospedar nessa região, indicações os seguintes hotéis: Vidam Hotel, Hotel da Costa e Aquarios Praia Hotel.

fundação projeto tamar aracaju
Na entrada da Fundação Projeto Tamar Aracaju há uma tartaruga gigante – Foto: Google Street View

Horário de Funcionamento

O oceanário funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, com possíveis horários estendidos durante o verão ou períodos de maior movimento, como janeiro. Em alguns casos, o espaço pode abrir todos os dias da semana. Para informações atualizadas, consulte o site oficial do Projeto Tamar.

projeto tamar em aracaju

Horários de alimentação dos animais

Os horários de alimentação dos animais são os momentos mais aguardados pelos visitantes, pois proporcionam uma experiência mais interativa e atrativa. Durante esses momentos, os animais saem para receber o alimento, permitindo uma observação mais dinâmica e detalhada. Confira os horários atuais das principais espécies:

  • 16h: Alimentação das tartarugas.
  • 16h ou 16h10: Alimentação dos peixes de profundidade do tanque oceânico, incluindo arraias, mero e moreia.
  • 16h30: Alimentação dos tubarões-lixa, com a possibilidade de tocar nos animais.
tubarão projeto tamar
Momento de passar a mão no tubarão-lixa

Por conta dessas atrações, o período da tarde é o mais movimentado e ideal para quem deseja aproveitar ao máximo o oceanário. Caso prefira evitar horários mais cheios, considere uma visita pela manhã.

Outras dicas de Aracaju

Agora que você já conhece todos os detalhes sobre o Oceanário de Aracaju, que tal explorar ainda mais a cidade e seus arredores? Confira nosso guia completo sobre o que fazer em Aracaju e descubra as melhores atrações turísticas da capital sergipana, além de passeios incríveis para destinos próximos que valem a pena em um bate-volta. Não perca essas dicas!

Hotel da Costa by Nobile Aracaju: conforto na Orla de Atalaia

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Hotel da Costa - Foto: divulgação

Se você está planejando uma viagem para Aracaju e busca um hotel bem localizado, com estrutura completa e conforto para toda a família, o Hotel da Costa by Nobile Aracaju pode ser uma excelente escolha. Localizado na Orla de Atalaia, o hotel oferece uma bela vista para o mar. Acompanhe agora, nossa experiência e detalhes sobre nossa estadia para te ajudar a decidir se esse é o hotel ideal para sua viagem.

Estrutura do Hotel da Costa by Nobile Aracaju

O Hotel da Costa é um hotel grande, com infraestrutura completa e uma bela vista do mar, na orla de Atalaia.

O estabelecimento possui 117 quartos divididos em 2 blocos, duas piscinas sendo uma piscina adulto e outra infantil, bar da piscina, academia, espaço kids, restaurante, recepção 24 horas, estacionamento, sala para eventos corporativos e sociais, agência de turismo, além de Wi-Fi em toda a sua área.

hotel da costa
Saguão do Hotel da Costa by Nobile Aracaju

O hotel conta ainda com o diferencial de possuir uma estação de recarga de veículos elétricos disponível em sua ecovaga.

Área de lazer com uma bela vista

A área de lazer do Hotel da Costa by Nobile Aracaju é um dos seus destaques. As piscinas adulto e infantil ficam em um espaço agradável com vista para o mar, permitindo um momento relaxante após um dia de passeios.

hotel da costa aracaju
Área de lazer com piscina adulto e infantil

Um diferencial importante do hotel é o dispositivo de acesso para cadeirantes na piscina adulta, um ponto positivo para a acessibilidade e algo inédito nos hotéis em que já nos hospedamos. Além disso, o espaço conta com espreguiçadeiras, mesinhas e um bar para petiscos e drinks. Toalhas para uso na piscina podem ser retiradas na recepção.

Quarto espaçoso e com vista para o mar

O Hotel da Costa Aracaju conta com 117 quartos equipados divididos em dois blocos. Os quartos são amplos, bem equipados e oferecem diferentes configurações para acomodar os hóspedes. O nosso quarto era triplo, com uma cama de casal e uma de solteiro, varanda e vista do mar. O espaço era confortável, com cama e travesseiros de qualidades, além de uma limpeza bem executada.

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Quarto do Hotel da Costa é bem equipado

Todos os quartos do hotel contam com frigobar, ar condicionado, cofre, telefone, televisão, mesa de trabalho, cafeteira, ferro, tábua de passar, armário com cabides, secador de cabelo, amenidades de banho, Wi-Fi.

Os quartos são divididos em categorias de acordo com o tamanho, quantidade de pessoas, tipo de cama, vista mar, acesse aqui e veja tipos de quartos e valores. Além da piscina acessível para cadeirantes, o hotel também possui quartos adaptados e acessíveis para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Vale a pena ressaltar que os hotéis de Atalaia, apesar de ficarem de frente para o mar, não possuem uma vista do mar tão próxima, devido a grande extensão de areia da orla e da praia.

hotel da costa by nobile
Varanda do nosso quarto

Espaço para crianças

Por receber muitas famílias, o Hotel da Costa by Nobile Aracaju dispõe de um espaço kids, equipado com pula-pula, escorregador e TV, ideal para crianças pequenas. Além disso, há uma área com micro-ondas, liquidificador e geladeira, facilitando o preparo de refeições rápidas para os pequenos.

aracaju hotel da costa
Espaço Kids

Café da manhã com muitas variedades

O café da manhã do hotel é servido em um buffet self-service e conta com uma ampla variedade de itens, tais como: pães, frutas, frios, bolos, cuscuz, iogurte, ovos mexidos, batata doce, banana da terra cozida, carne de sol, entre outros itens. O seu grande destaque são as tapiocas salgadas e doces feitas na hora.

café da manhã hotel da costa
Frutas e sucos do café da manhã
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Frios, pães e pratos quentes do café da manhã

A variedade de itens muda ao longo dos dias, o que torna o café da manhã ainda mais interessante para quem se hospeda por mais tempo.

Restaurante Ravello

O Ravello é o restaurante do hotel e funciona no mesmo espaço do café da manhã. Especializado na culinária italiana, funciona tanto no almoço quanto no jantar, com pratos à la carte.

restaurante ravello
Restaurante Ravello funciona no mesmo local onde é servido o café da manhã – Foto: divulgação

Além do restaurante do hotel, existem outros restaurantes nas proximidades na orla, incluindo o República dos Camarões que oferece um ótimo custo-benefício quando comparado a outros restaurantes do mesmo nível na região.

Localização na orla de Atalaia

Um dos grandes diferenciais do Hotel da Costa by Nobile Aracaju é sua localização privilegiada na Orla de Atalaia (Avenida Santos Dumont, 1835). Essa é a região onde estão os grandes hotéis de Aracaju e conta com uma orla movimentada e opções de restaurantes, agências de turismo e feirinhas.

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Bairro de Atalaia com a orla e o mar ao fundo – Foto: divulgação Celi Hotel

Apesar da área ser agradável, essa parte da Orla de Atalaia não possui tantas opções de restaurantes e lanchonetes com preços acessíveis. Para quem busca economizar, a Passarela do Caranguejo, localizada a 2 km do hotel, é a melhor opção, pois concentra uma grande variedade de restaurantes de todos os preços. Nessa região, também há hotéis com um bom custo-benefício, como o Simas Praia Hotel e o Vila Aju.

Outro ponto positivo é que o Aeroporto de Aracaju está a apenas 7 km do Hotel da Costa, tornando o deslocamento rápido e prático.

Praia de Atalaia

Embora o Hotel da Costa Aracaju esteja localizado na Avenida Beira-Mar, a Praia de Atalaia tem uma faixa de areia extensa, o que significa que os hóspedes precisam caminhar cerca de 150 metros para chegar ao mar.

Outro detalhe é que essa região da praia não conta com barracas fixas, apenas alguns pontos onde é possível alugar sombreiros e cadeiras. Por essa razão, a maioria dos turistas preferem se deslocar para as praias do litoral sul, como Aruana e Mosqueiro, que oferecem melhor estrutura para quem deseja passar o dia na praia.

Avaliação do Booking do Hotel da Costa Aracaju

Um dos pontos que reforçam a qualidade do Hotel da Costa by Nobile Aracaju é sua excelente reputação no Booking. Com mais de 2.200 avaliações de hóspedes, o hotel mantém uma nota média de 8,8; um índice considerado alto e um forte indicativo da satisfação dos visitantes. Acesse aqui para saber valores de diárias e fazer sua reserva.