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Nadando com tubarões e raias em Caye Caulker

Uma das maiores aventuras que já realizei em viagens foi nadar com tubarões. Ao contrário de entrar na jaula de tigres ou andar de elefante, os tubarões estavam no mar e não eram adestrados. Apesar do tubarão-lixa não ser agressivo, sempre dá aquele frio na barriga. Mas, deixa eu começar a contar a história pelo começo.

Em junho desse ano, viajei ao Belize, um pequeno país na América Central, que faz fronteira com o México e a Guatemala. O país possui 290 km de litoral, além de várias ilhas. As praias de Belize não são tão belas quanto as da vizinha Cancún, porém esse país possui ótimos lugares para se fazer mergulho!

Um bom exemplo é a Barreira de Corais de Belize, que é a segunda maior do mundo com 300 km de extensão. Outro ponto de destaque é o Blue Hole, um grande buraco com 450 metros de profundidade, que é o símbolo do país. Entretanto, nada é mais interessante do que nadar com tubarões e raias no mar!

Para conhecer os destinos turísticos e curiosidades, leia o texto Tudo sobre Belize, onde mostramos o que fazer e demais várias dicas.

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Blue Hole – Foto de: USGS (Wikicommons)

Hol Chan

A reserva marinha de Hol Chan não deixa de ser um dos destaques do país. Ela possui 18 km2 e é uma quebra natural na Barreira de Corais de Belize. Hol Chan na língua Maia significa “pequeno corte”. A reserva existe há quase trinta anos e em 1999 foi adicionada à reserva o Shark Ray Alley, que em português significaria algo como “beco dos tubarões e raias”.

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Reserva Marinha de Hol Chan – Foto de: Ambergris Caye (creative commons)

Shark Ray Alley

Nesse incrível local há uma grande concentração de tubarões, raias e peixes. Como a profundidade na região é pequena, cerca de 3,5 metros, você nada bem próximo desses animais marinhos! Não há nenhuma proteção como grades ou telas, você pode nadar livremente pelo local, apesar dos guias não gostarem que se afaste muito do barco.

As raias costumam ficar paradas no fundo do mar, mas os tubarões ficam circulando de um lado para o outro. Quando você menos imagina, passa um tubarão ao seu lado. No começo dá um pouco de medo, mas depois se acostuma.

Tubarão, raia e peixes
Tubarão, raia e peixes
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Esse tubarão passou a 2 metros de mim

Dizem que o tubarão-lixa é considerado um tubarão pouco agressivo. Mas, algumas pessoas mais medrosas não quiseram sair do barco. O tubarão-lixa não é muito grande, possui entre 1 e 2 metros de comprimento e parece não se importar em dividir seu espaço com humanos. Porém, como todo animal silvestre, não se pode facilitar! Por isso, para não ocorrerem acidentes, o guia nos disse quatro regras de segurança.

Aí vem a parte mais divertida da história, eu entendi apenas uma regra! No nosso barco só havia americanos e canadenses e como em Belize também se fala inglês, eles estavam falando em uma linguagem que eu não estava entendendo. Também devo confessar que meu inglês não é assim tão bom. O resultado foi que entendi apenas a regra: não tocar nos tubarões. Mas, acredito que não se aproximar seja outra regra, pois quando me aproximei muito de um tubarão o guia me puxou. Porém, não fique preocupado, voltei ao barco vivo e inteiro!

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O mar do caribe ajuda a enxergar bem embaixo d’água!
Selfie com a raia.
Selfie com a raia.

Tours no mar de Belize

Para ir a Hol Chan e a Shark Ray Alley o jeito mais comum é fazer um tour. Há várias empresas tanto na Cidade de San Pedro quanto em Caye Caulker oferecendo o serviço. De Caye Caulker o passeio é chamado de ful day (dia inteiro), mas, na verdade, dura das 10:30 às 15:00 horas.

O preço é meio tabelado entre as agências. Quando fui alguns anos atrás custava cerca de  130 Dólares de Belize (US$65). Para saber o preço atual veja no Get Your Guide. No preço está incluído o guia, o transporte, o almoço, os pés de pato e a máscara de snorkeling. Há dois tipos de barcos: lancha e veleiro. A lancha é mais rápida, mas balança muito mais, porém tem a vantagem de ficar mais tempo nos locais.

Já o veleiro, apesar de ser mais lento, é bem mais confortável e tem mais espaço para sentar e deitar, além de ter banheiro. O preço do veleiro é um pouco superior ao da lancha. Fui de veleiro e gostei muito! Os barcos param em três lugares: recife de corais, Shark Ray Alley e Hol Chan.

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Foto de: denAsuncioner (creative commons)

Onde ficar em Caye Caulker

Caye Caulker é uma ilha pequena, e com poucas opções de hotéis. Os hotéis da ilha são pequenos, bem diferente dos grandes hotéis e resorts da ilha de San Pedro.

Caye Caulker não é um destino para quem procura sofisticação e luxo. Entre as melhores opções da ilha, estão os pequenos Sea Dreams Hotel e Barefoot Caye Caulker, esse último com piscina. E o Island Magic Beach Resort, um dos maiores hotéis da ilha.

Há também boas opções de apartamentos como o Caye Reef Condos e o Seaside Villas.

Já entre os hotéis baratos, o De Real Macaw é o que possui a melhor relação entre preço e avaliação dos hóspedes.

Dicas:

  • Pague o tour em dinheiro, pois pagando com cartão haverá um acréscimo de 10%.
  • É possível pagar em Dólares americanos, ele é amplamente aceito em Belize.
  • Se fizer o passeio de Caye Caulker, a primeira parada é no recife de corais e fica uns 40 minutos por lá. Se você não tiver um bom preparo físico, nade mais devagar ou vá para o mar de colete salva-vidas, senão quando chegar na parte dos tubarões você estará cansado e não aproveitará tanto.
  • Algumas agências de turismo alugam câmeras fotográficas subaquáticas. Vale a pena alugar, pois é um momento único e precisa ser registrado!
Como a água é cristalina, mesmo do barco é possível ver bem os tubarões!
Como a água é cristalina, mesmo do barco é possível ver bem os tubarões!
Nadando com Tubarões e Raias no Mar de Belize
Tubarão-lixa, apesar de esquisito, nem possui muito cara de mal – Foto de: Ambergris Caye

 

E você, encararia nadar com os tubarões? Deixe seu comentário!

Felipe Zig
Felipe Zighttps://www.abraceomundo.com/
Felipe Zig é jornalista, fotógrafo e apaixonado por viajar. Depois de conhecer mais de 20 países, decidiu criar o blog “Abrace o Mundo” para dar dicas de viagens e incentivar outras pessoas a viajar.

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